Não sou especialista em arte contemporânea, em arte moderna ou mesmo em arte, no seu significado lato. Mas gostava de ser, se gostava (risos). Gosto do poder e da energia que a arte produz no ser humano quer para expressar, quer para interpretar sentimentos e emoções. Vejo quase sempre o mundo das artes como o mundo dos criativos iluminados. Daqueles que funcionam ‘fora da caixa’, daqueles que ‘não funcionam muito bem’ (risos), e deixando trabalho no planeta Terra, viveram e vivem fora dela. E que bom, digo eu.

Museu Coleção Berardo

Estive uma tarde no museu mais visitado em Portugal, o – Museu Coleção Berardo -, no Centro Cultural de Belém. Já o visitei noutras alturas, mais à pressa. Não estava em time off (risos), mas o suficiente para querer voltar, e para voltar a parar em várias obras. Parar e fotografar. O telefone lagosta de Salvador Dali foi uma das muitas peças onde parei. Depois também parei numa pintura discreta em tons azuis escuro e terra, com um ‘corno’ de veado perfeitamente vivo a fazer-se acompanhar de música, música boa ao ouvido. Dou tudo por um som, uma música.

Circulei calmamente e silenciosamente pelas inúmeras salas juntamente com outros visitantes. Muitos, não estivesse no museu mais visitado do país, e vi peças e obras de vários artistas. Cada uma delas com um significado artístico diferente, e todas elas capazes de exercer forças e fraquezas em quem as observa. Sim, fraqueza(s)!

Senti isso bem vivo na exposição temporária de – LU NAN trilogia fotografias -. Por um lado a força transmitida pelo retrato do dia a dia dos camponeses tibetanos com fotos de uma vida quotidiana assente numa forma básica, simples e feliz de viver a vida. Por outro lado a fraqueza sentida com as condições de vida dos doentes psiquiátricos na China. Um conjunto vasto de retratos ‘escuros’, frios e muito reais que tive dificuldade em ver, e aceitar. Demasiado mau para ser real. E a fechar, no meio, a equilibrar, e a fazer-nos continuar a andar na estrada, os retratos relativos à fé católica na China, fotos carregadas de esperança e de luz. Um merecido, e justo, Final Feliz numa viagem ao mundo das artes.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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