Como tenho dito e como tenho escrito, estar em time off é também estar muito tempo em casa. Tempo quase sempre bommmm. E há tanto, mas tanto para se fazer por casa. Haja vontade (risos)! Sim, às pessoas (mulheres e homens) que passam muito tempo por casa (por opção ou voluntariamente) digo, como eu Vos compreendo (e respeito) quando dizem estar cheias de tarefas. Sim, a gestão de uma casa (viva, familiar e com luz) pode ser dos trabalhos mais desafiantes que se pode ter. Falo de experiência própria. É que muitas vezes já me dou conta que estou neste grupo, no dos cheios de tarefas caseiras (risos). E às vezes, confesso, até gosto!

Há tarefas diárias, mas há também tarefas semanais, mensais, anuais, …. tri-anuais, e outras que diria pertencerem à periodicidade do, talvez – décadas -. E nas do décadas está a organização da arrecadação. Vá, da minha arrecadação (risos). Aquele compartimento que até se valoriza muito na altura de se escolher casa, ‘ah, sim, uma arrecadação é muito importante’, ‘tem arrecadação, certo?’, ‘preciso de uma arrecadação grande’, … mas que depois, com o passar dos anos (e das décadas, risos), se percebe que só serviu para armazenar peças durante anos, muitos anos, sempre na esperança de poderem ser úteis, muito úteis, mas que 99% nunca o foram!

É que o desapego é um exercício difícil, mesmo que seja de uma simples peça, ‘pode não estar no quarto ou na sala, mas não me consigo desfazer, fica na arrecadação’, ‘um dia posso vir a utilizar’, ‘mais tarde os meus filhos podem querer’, … e é mais ou menos isto. Guardar, guardar e guardar durante anos até ao ponto de nem se saber exatamente o que se tem por lá. Não se sabe bem o que é, mas é tudo valioso (risos).

A viagem

Resolvi fazer uma viagem até à arrecadação da casa Mãe (casa dos pais). Ganhei coragem e dispensei algumas horas para andar por lá, na arrecadação. Gosto do DIY do it yourself, e fui. Afinal, haveria peças de valor, valeria a pena (risos). Entre um caos de caixas, caixotes, prateleiras, sacos e mais sacos, e malas lá me fui envolvendo nesta maravilhosa e emocionante viagem. Percebi logo que não seriam horas, mas dias. Sim, comecei a mexer e o entusiasmo e o caos (risos) foram aumentando.

Deparei-me com grande parte dos meus brinquedos de infância (meus e dos meus irmãos, é que era tudo partilhado). A emoção falou mais alto. O coração palpitou mais depressa. Não acreditei que tudo aquilo tinha ficado guardado cerca de três décadas. Ursos, bonecas, barbies, jogos, … Foi uma viagem única e sem preço até à infância. Afinal, a arrecadação tem peças valiosas e afinal até é um compartimento importante (riosos). Obrigada time off por esta viagem (e aventura) caseira!

Estes não voltam à arrecadação, não senhor (risos)!

 

 

 

O Vitinho! Bora lá dormir … Está na hora da caminha!

 

 

 

Os livros da Anita, … e os jogos didáticos (Mãe prof. primária!, risos)

 

Felizes e contentes com o re-encontro passadas quase três décadas de retiro absoluto (risos).

 

 

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