Já fiz anos há uns dias, poucos, mas só consegui escrever sobre o tema agora. Sim, o aniversário nunca foi dos dias mais atrativos do ano. Muito menos agora. É que é mais um alerta, um sinal, uma chamada de atenção sobre a vida, sobre o tempo. É só mais um bocadinho de pressão, como se já não fosse a suficiente (risos).

‘Os anos afinal passam’, ‘Ainda me lembro tão bem de levar o bolo para a primária’, ‘Recordo-me perfeitamente de pedir para ter 18 anos’, ‘Gostava quando me davam mais idade do que a que tinha’, ‘Olhava para uma Mulher de 40 an0s com uma distância e um respeito  incalculável’. Pois, é mais ou menos isto que me vai na cabeça nestes dias. Depois, passa-me (risos). Começo a ver os 40 a aproximarem-se e uma vontade louca de voltar de novo aos 18. Não, não seria para passar e viver exatamente o mesmo. Isso não. Mas ter aquele ‘poder’ (que ninguém tem) de recuar, de parar e poder escolher certos anos, era qualquer coisa …

Gosto de ouvir, e até concordo com as máximas – mais anos, mais maturidade, mais confiança, mais sabedoria, mais tudo!, … -. Sim, confesso que o passar dos anos, a idade me tornou muito mais exigente e seletiva. Hoje, relativizo, simplifico, não detalho e tento focar-me no essencial. Mas para isso foi necessário passar por eles (anos). VIVER!

Olho para trás, e numa espécie de crise existencial, não acho que a idade dê assim tanto. Dá, mas também tira. Tira muito! Muito menos autenticidade, inocência, solidariedade, disponibilidade, paciência, energia, … e até ‘juízo’. Menos juízo (risos)! Assim, e se fizermos bem as contas, pelo menos as minhas, será ela por ela. Portanto, é agradecer e viver o presente, o agora, independentemente dos anos, da idade. E já são 36!

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