No município de Gondomar fui conhecer a Rota da Filigrana. Uma rota turística cultural criada para partilhar uma arte herdada há alguns séculos atrás. Vários séculos. Uma identidade da cidade!

O território teve uma exploração mineira muito significativa, desde os povos pré-romanos. Tendo sido sempre associada a uma das regiões mais importantes da Ourivesaria Portuguesa. Associação que mantém, mesmo sem a exploração mineira de outros tempos. Hoje, algumas das maiores empresas portuguesas de joalharia e ourivesaria são gondomarenses. E eu fui conhecer um dos seus campos mais delicados, mais minuciosos, e mais artísticos. A Filigrana! A arte de torcer dois fios, muito finos, que depois de aplicados a molduras várias, preenchem-nas com um fino rendilhado. Fino, e bonito!

A visita iniciou no único centro de formação profissional do país focado exclusivamente na indústria da ourivesaria, joalharia e relojoaria, o CINDOR. Uma introdução e um enquadramento teórico, e depois a prática! Sim, também fiz a minha peça, peças. Depois, e para conhecer de perto o processo de produção de Filigrana, fui, fomos ao ‘terreno’. Uma visita a uma oficina parceira da Rota da Filigrana. Uma oficina de pequena escala em que a produção é artesanal. Lá, o processo produtivo em cada canto, em cada detalhe. Desenhos vários, máquinas para fundição, máquinas para serragem da chapa, máquinas para soldar, e muitas outras máquinas, peças e objetos. No centro, os artistas, os artesãos! As verdadeiras ‘máquinas’ que fazem manter viva esta tradição de Gondomar, e do país. Gosto do tradicional, e gosto de joalharia (e gosto muito). Que time off de ouro!

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