Vila do Conde é também uma cidade estritamente ligada às artes, e ao artesanato em particular. Sendo o fabrico das rendas de bilros um dos mais expressivos e significativos exemplares neste âmbito. É uma das mais antigas tradições de artesanato da cidade e do país. Mais antiga, e mais bonita! Em time off, resolvi visitar não só o espaço museu, localizado na zona centro, mas também a maior renda de bilros do mundo. Certificada pelo Guiness World Records, e no mesmo espaço, fui vê-la!

A renda de bilros foi uma atividade que ajudou a complementar o rendimento familiar, proveniente em grande parte pelos homens que se dedicavam à pesca. Era assim que as mulheres, as rendilheiras, ‘viam’ e trabalhavam a renda de bilros. Sempre com o cuidado de a partilhar e passar de geração em geração. Não a deixando morrer. Um trabalho que foi reforçado com a abertura ao público, em 1991, do Museu das Rendas de Bilros.

Chego, e a maior renda de bilros do mundo dá-me as boas vindas, a mim, e a quem visita o museu. É  uma espécie de montra em túnel, em acrílico, com toda a renda, um conjunto de dezenas de rendas coloridas. Vi-as ao detalhe. Incrível trabalho, de 2015, que envolveu cerca de 150 rendilheiras. Ao fundo, um espaço, destinado ao trabalho e onde tive a sorte de presenciar a arte. Mas, há mais. Há peças antigas, há peças mais modernas, há documentação, há vários materiais e todo um enquadramento que ajuda a perceber aquele maravilhoso e encantado mundo. Um mundo e uma tradição que se preparou para o futuro. É que, também ali, está instalada a Escola de Rendas de Bilros. Um espaço destinado a todos os que quiserem aprender…

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