A mudança de ano é sempre a altura mais propícia para definir objetivos e metas a cumprir. É aquela fase em que acreditamos e depositamos muitas das nossas energias. Fecha-se um ciclo. Portanto, ‘abre-se’ outro. ”É desta!”, ”Este ano a que é!”, ”Não tenho dúvidas que é agora!”,… Enfim, uma série infinita de desabafos carregada de esperança. E que bom! Novo ano, nova vida. ”Este ano quero mudar de casa.”, ”Vou fazer tudo para mudar de emprego.”, ”Vou voltar a estudar.”, ”Tenho que comprar um carro”, ”Vai ser o ano da viagem a solo”,… Os desejos são muitos, e diversificados. Muitas vezes porque já veem de anos anteriores (pois!), muitas vezes porque a máxima é – deixa-me pedir 10, para concretizar 1 -.

Eu sempre fiz planos. Sempre gostei de definir objetivos na vida. Uns a curto-prazo, outros a longo prazo. Claro está, que os mais ambiciosos foram sempre deixados para o final de ano (para o ano seguinte). Parte deles, ficaram pelo caminho, outra parte realizaram-se ao ‘lado’. Completamente ao lado. E outra parte, lá se concretizou. Mas nunca foram estes, os que se realizaram, aqueles que marcaram, aqueles que me alimentaram. Incrível, mas de facto este é o interesse da vida – não sabermos o que nos vai acontecer -.

Olho para trás, e 2018 foi exatamente isso. Muitos objetivos, mas o melhor do ano não estava nos objetivos. Aliás, longe… Em tempo algum defini a escrita de um livro como um plano ou objetivo. Mas escrevi, e saiu o Time Off! Super. Gosto de viajar e passear, mas o Brasil não fazia sequer parte da lista de 10 países a visitar. Mas lá fui eu. Adorei. Sempre respeitei a peregrinação a Fátima. Mas nunca me imaginei a ir. Mas fui, cheguei ao Santuário. Fé. A vida (também) é isto. Perceber que o melhor nunca foi definido, nunca esteve planeado, e nunca foi um objetivo. E que bom que assim é!

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