Em time off pelo concelho de Vila Verde, parei e explorei (e fotografei!) uma das suas aldeias maiores, e com mais história. Fui até Aboim da Nóbrega! Aldeia, localidade, e freguesia, juntamente com Gondomar. Foi até ao início do séc. XIX cabeça do couto da Ordem de Malta. Tendo, após a sua extinção passado a sede de concelho, e foi-o até 1853.

A visita

Chego, e estaciono no centro de Aboim da Nóbrega. Junto à Igreja, junto à antiga Cadeia, hoje, a junta de freguesia. Visito a Igreja acompanhada de duas locais que gentilmente me abriram as portas. Lá dentro, um dos tetos mais ricos e bonitos da região. Cá fora, e a alguns metros, um cruzeiro, uma capela, uma alminha, um espigueiro, uma eira. Mais alguns metros, mais uma alminha, mais espigueiros, mais capelas, mais eiras, …, e Cabanas. Uma das identidades fortes da região minhota. As cabanas eram, e são, espaços respeitados pelas suas gentes. Era lá que se guardavam as alfaias agrícolas e os carros de bois. Há documentos escritos que atestam os seus proprietários. Há obras na envolvente, mas elas mantêm-se intactas, mesmo sem uso.

Circulei a pé pelas ruas. Uma povoação espalhada, um aglomerado granítico significativo. E uma paisagem única, marcada por um verde fresco e montes. Aboim é grande e está vivo. Tem um conjunto de coletividades variado. A banda da música, o folclore, os escuteiros e a Associação Cultural, Recreativa e Musical de Aboim da Nóbrega (o Lar). O qual visitei no âmbito da sua mostra de Lenços dos Namorados. Uma arte típica e delicada da região que terá tido a sua origem por aqui. Depois, e para me despedir, aventurei-me até ao fojo do lobo. Distante da povoação, mantém-se ainda no terreno e nas suas memórias. Uma estrutura gigante (armadilha) criada para proteger o gado dos ataques da espécie. Que dia, que rica e maravilhosa viagem ao mundo rural preenchido de património, história e cultura…

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