No município de Loures, decidi fazer um time off monumental na localidade de Santo Antão do Tojal. Uma pequena grande maravilha. Às portas da grande urbe, em enquadramento rural, e quase em segredo apresenta num só espaço, atrações únicas e singulares para quem a visita. Património da nossa história, e do nosso país.

Chego, e em frente, a estrada conduz-me, leva-me até essas zona, esse espaço. Riquíssimo. A Igreja Matriz ergue-se elegantemente e perfeita para quem chega. Datada do séc. XIII, foi reedificada em 1554 pelo arcebispo de Lisboa e reconstruída em 1730 pelo primeiro patriarca de Lisboa, D. Tomás de Almeida. Visitei-a. Lá dentro, arquitetura e recheio simples, e muito pouco do seu passado mais longínquo. Já cá fora, na galilé, um revestimento de azulejos setecentistas. Encantador. De onde, se pode observar: i) a praça monumental, que no seu tempo, apenas era suplantada pelo Terreiro do Paço; e ii) a fonte monumental, uma das mais elegantes em Portugal.

Fui até à praça. Fotografei. Caminhei até próximo da fonte. Integrada num edifício de dois andares e com uma escadaria de sete degraus a abrir em leque é incrivelmente bonita. Ao fundo, ao alto, o aqueduto, a aparecer por cima dos telhados de algumas das habitações. Mandado construir por D. Tomás de Almeida abasteceu o chafariz e a fonte monumental. Também ali, e por sua ordem, foi construído o Palácio da Mitra, ou, vulgarmente conhecido, dos Arcebispos. Uma obra executada para – bem receber – o rei D. João V, nas suas viagens às construções do Convento de Mafra. Destaque para o portão gigante preparado para acolher grandes carruagens. Mantém-se.

Maravilhoso segredo, que deve ser partilhado e comunicado!

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