Visitar o município de Melgaço foi também conhecer a vila. Tinha que ser! A vila raiana do distrito de Viana do Castelo que concentra – das suas terras e das suas gentes – toda uma tradição forte de lendas e cultura popular.

Devido à sua localização de – fronteira – com a vizinha Espanha, as histórias de contrabando ou de emigração, fazem também parte da sua identidade. Foram muitos os que partiram a salto para França à procura de uma vida melhor. Famílias inteiras. Uma memória perpetuada e partilhada no espaço museológico – memória e fronteira -. Uma ‘homenagem’ aos melgacences envolvidos naquilo que foi uma vida clandestina e perigosa.

A visita

Passear na vila é caminhar no centro histórico, é entrar na linha de muralhas, e é ir explorando e fotografando. Foi o que fiz. O castelo é o ex-libris, Monumento Nacional, foi o principal sistema defensivo raiano do Alto Minho, no séc. XII. E é para lá que todas as atenções se ‘viram’. Quer-se subir à muralha para ver a vista, quer-se subir à torre de menagem, para ver mais, e ver mais longe. De planta mais ou menos circular, é um exemplar raro no país. Andei por lá. Na praça de armas, nas muralhas, e claro está subi à torre. No interior, um espaço museológico, a – torre de menagem e ruínas arqueológicas da praça da república -. Em exposição, património arquitetónico e arqueológico e alguns elementos relacionados com o sistema defensivo.

Depois, depois foi subir ao último piso e tocar o sino. ‘Vá’, quase! O coroamento da torre é um encantador remate em balcão com ameias. O espaço, um miradouro a 360º, de onde não apetece sair. Lindo. E portanto, fotografias sem parar. Ainda no centro histórico, visitei o museu do cinema. Sim! Uma exposição rica e diversificada doada pelo cinéfilo francês Jean Loup Passek, que no passado terá criado uma relação estreita com Melgaço, devido à amizade travada com dois emigrantes oriundos da vila minhota. Incrível e real. Que bonita forma de finalizar mais um time off pelo ‘nosso Portugal’.

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