Visitar a Moita é ter a garantia de um bom e alegre passeio. É sobretudo visitar uma vila autêntica do ‘nosso Portugal’ caracterizada por uma frente ribeirinha de cerca de 20 km. Talvez, o seu principal, e mais forte, atrativo turístico. E foi até lá, num time off de maré cheia que fui. Encantada!

A viagem

Início da viagem – Cais da Moita -. A porta de saída! E aquele que foi durante vários séculos o coração da vila ribatejana. Onde o movimento fluvial, de e para Lisboa, com mercadorias e passageiros, transformou este ancoradouro num ponto com grande importância económica e social. Eram viajantes e eram carroças de bois carregadas de produtos a seguir diariamente para a grande cidade. Foi esse dinamismo, cujo aumento se verificou a partir do séc. XVII, que tornou o cais da Moita num verdadeiro ‘empregador’ das suas gentes.

Hoje, essa faina, esse movimento já não é o desses tempos. No entanto, o cais mantém-se vivo, e alegre. Está preparado para receber. Bonito! Várias embarcações, muito coloridas e quase todas tradicionais, os varinos (embarcações de fundo chato, para navegar nos esteiros do rio, com águas de pouca profundidade), e – o boa viagem -. Um varino classificado como bem de interesse municipal destinado a fazer percursos fluviais turísticos. E eu fui num deles. Mais que embarcar numa leve e bonita viagem, foi também conhecer muito da sua história. Um passado que envolveu os Moitenses e o Tejo. Usos e costumes, crenças e tradições, partilhadas de alma e coração pelo mestre da embarcação. O senhor João!

Ancoramos no estaleiro naval de Sarilhos Pequenos para conhecer o seu legado patrimonial. É o único estaleiro onde ainda se constroem e reparam embarcações tradicionais do estuário do Tejo. Almocei, almoçamos, caldeirada à fragateiro. Saborosa! Depois, depois seguimos viagem, por terra, até à  N. Sra. do Rosário. Lá, visitámos o pátio típico, a capela manuelina, a praia fluvial e desfrutamos da vista panorâmica.

A despedida, muito próximo do ponto de partida, foi a circular pelo núcleo histórico e foi também a visitar a Igreja Matriz. A Igreja de N. Sra. da Boa Viagem. A padroeira da vila. E a padroeira do ‘passeio’. Agradeci. Que boa e alegre viagem até à Moita!

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