Em Ovar, visitei os passadiços da Barrinha de Esmoriz, ou Lagoa de Paramos. Uma área protegida pela Rede Natura 2000, de quase 400 hectares, numa extensão de 8 km de passadiços. Uma das características da lagoa são as suas águas salobras, devido à sua ligação periódica com o mar. Aquilo que durante anos e anos foi uma concentração de depósitos de desperdícios de fábricas das redondezas, é agora um feliz, e bonito, motor de oxigénio. Entre dunas e canaviais, entre Espinho e Ovar, um dos seus pontos mais atrativos é a ponte sobre a lagoa. Comecei por lá, numa espécie de time off num mundo encantado.

Uma tarde de primavera, com muito de verão. Um sol brilhante e abrasador, mas eu por lá, a percorrer os passadiços. Fazer os vários trilhos é estar em perfeita comunhão com a Natureza. É ouvir e sentir aquilo que tem de mais puro e natural. É poder encontrar maravilhas da fauna e da flora ali existentes. Ao longo do percurso vai tendo informação sobre o que pode ver. Enquanto caminhava, o som dos passarinhos, de insetos e da vegetação misturava-se com o das ondas agitadas a bater na costa. Pareciam ali, a dois palmos. No entanto, são ainda várias dezenas de metros que as separam. Cruzei-me com alguns caminheiros, desportistas e veraneantes. Parei, fotografei e desfrutei de um percurso saudavelmente fresco.

Terminei, onde iniciei. No elemento principal, a lagoa costeira. De um lado, terra, campo, uma povoação próxima (Paramos), do outro lado, praia, mar, … e o ‘infinito’ azul, ao fundo. Bonito!

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