Ovar é conhecida pela cidade museu vivo do azulejo. Não porque tenha mais azulejos que Lisboa, Porto, ou Aveiro, mas sim devido à magnifica diversidade de fachadas azulejadas do séc. XIX/ XX, que cobrem a cidade. Fui até lá, ao interior da cidade, circulei as suas ruas, autênticas salas de arte a céu aberto. Há mesmo um roteiro, um percurso turístico, a rua do azulejo, que convida a conhecer e saber mais sobre esta sua identidade. Das mais fortes!

O time off, destinado ao centro de Ovar, foi quase um dois em um. Por um lado, visitei património religioso – Igreja Matriz e Capelas dos Passos -, por outro lado, a cultura – rua do azulejo e museu de Ovar -. Grande parte, em simultâneo. Isto é, o percurso pelas Capelas dos Passos, cruza-se por quase todos os pontos da rua do azulejo.

Iniciei a visita na Igreja Matriz, o mais antigo templo do município. Destaque, no interior, para um dos retábulos, a Capela do Passo do Pretório, e a primeira das 7 Capelas dos Passos. Classificadas como Imóveis de Interesse Público, visitei-as a todas, enquanto visitava simultaneamente o museu vivo do azulejo. O percurso simboliza a Paixão de Cristo. Lá dentro, a representação perfeita, mesmo marcada pelos muitos anos de existência. Parei em frente a muitas fachadas. Fotografei centenas de azulejos. Identifiquei técnicas de decoração de azulejos. Cruzei-me com estilos de diferentes épocas. Um percurso de emoções, a cores, que terminou no museu da cidade. Em exposição, objetos de arte e etnografia, e um espólio enriquecido através de doações de entidades públicas e privadas. Com muito azulejo pelo meio, como não poderia deixar de ser …

 

 

 

 

 

 

Deixe um comentário