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Time Off

Bali – silêncio, novo ano!

Internacional

22 Nov

Antes

Estive em Bali em março. Não é mês de réveillon (na nossa cultura, no nosso calendário), mas eu celebrei-o e respeitei-o. Adoro festa (risos). Segui o calendário Balinese, e ficou uma experiência para a vida! O último dia do ano é celebrado nas várias localidades da ilha através de um mega cortejo noturno onde desfilam várias figuras gigantes. Figuras com significado que retratam demónios ou fantasmas de pessoas mortas. É um cortejo preparado com antecedência. Uma a duas semanas antes já se viam os preparativos pelas ruas, e muitas pessoas envolvidas. Já se sentia o movimento e a agitação da festa. É uma celebração vivida intensamente. É um investimento de tempo, material, cor, e fé. Sim, toda esta celebração está movida pela fé.

Independentemente da fé, dos demónios ou fantasmas retratados eu gostei das figuras, das cores, dos materiais incorporados, das pessoas envolvidas, dos turistas e curiosos como eu que rodeavam as várias figuras, enormes em tamanho e enormes em arte. Vários espaços ao longo da tarde também se foram preenchendo de vida e cor (animação e restauração ambulante), onde locais e turistas se foram juntando para aguardar pelo cortejo. Fabulosos foram também os cânticos e os vários movimentos que fizeram com cada figura enquanto desfilavam. Eram várias dezenas de pessoas em movimentos alinhados e agitados. Arrepiei-me com tanta energia, uma ‘boa energia’.

Depois

O cortejo terminou, e o dia seguinte, o 1º dia do ano – Nyepi – era dia de silêncio, uma celebração Hindu, reservada por inteiro, para o dia todo, para auto-reflexão, sendo interditas quase todas as atividades. Não se pode usar lume, eletricidade, não se trabalha, não há lazer, entretenimento, não se viaja, e em alguns casos nem sequer se fala, nem come. O aeroporto está encerrado todo o dia. As estradas e ruas estavam vazias, não é permitida circulação de veículos, nem pessoas. O silêncio era absoluto! São interdições que se aplicam a não Hindus e turistas. Portanto, depois da celebração, recolhi-me para viver o mais curioso e diferente time off que tive até hoje.

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