Um dia destes investi um time off por Vila Nova de Foz Coa, fui até ao Museu do Côa, queria ver a arte rupestre, e queria mudar de opinião (risos). Sim, há cerca de 20 anos atrás, pouco depois de ter sido encontrado o mais antigo registo de atividade humana de gravação existente no mundo, estive lá, eu e a família. Fomos ao terreno, e vimos, vimos várias pedras/ rochas gravadas. Mas ficou tanto por explicar, tanto por perceber, não apreciei, não gostei! Eram uns riscos nas pedras, e pouco mais. Numa, ou noutra pedra e muito concentrados ainda conseguimos identificar alguns desenhos como representações de animais. No entanto, ficou longe das expectativas, das minhas expectativas, que procuravam arte!

Mas arte é arte, e achei que agora, iria vê-la de forma diferente, e vi. E lá fui eu, era um dia de outono, estava frio e escuro, chego ao museu – Museu do Côa – e sou recebida com o melhor welcome que poderia ter. Uma vista desafogada e gigante sobre o majestoso Douro. Depois, desço e vou explorar cada uma das salas do museu, salas muito bem divididas e equipadas. Ali já estava tudo explicado, eram conteúdos e conteúdos muito bem ilustrados e expostos. Não sei se fiquei a perceber tudo, isso talvez não (risos), mas apreciei e gostei muito. Vi a arte rupestre num outro espaço, numa outra dimensão, noutro enquadramento, com outros olhos, e isso fez toda a diferença. É que até a arte para ser percebida precisa de ser explicada …

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