A passagem de ano

E pronto, cheguei, chegamos, a mais uma passagem de ano. A mais um réveillon, e a mais uma noite como tantas outras do ano. Sim, se pensar bem, e nem é preciso pensar muito (risos), esta noite não é em nada, mas mesmo – nada -, diferente da noite do dia 1, do dia 2 ou da noite do dia 30, do dia 31, … . Não é, e é!

A noite em si pode ser como tantas outras, que o é, mas o facto de ser a última noite do ano, de um ano, de um calendário (do nosso calendário), de uma etapa, de um conjunto de meses, de centenas de dias e de vários milhares de horas faz com que esta noite ganhe um simbolismo e uma atenção superior a todas as outras. É o terminar o ano, é o finalizar o calendário, é o acabar uma etapa, e é o sentir que se Viveu muito. Vivi, e sobrevivi (risos)!

Há que comemorar

Há que comemorar, há que celebrar, e há que acreditar que as expectativas, os planos e todas aquelas mudanças que não se concretizaram se vão realizar logo no dia seguinte (risos). ‘Este ano é que vai ser!’, ‘Tenho um pressentimento que é desta!’, ‘Algo me diz que é agora!’, ‘Ano novo, vida nova!’ disse-o em várias passagens de ano, e este ano não foi diferente. No entanto, e do outro lado, talvez o mais importante, há uma parte de mim que agradece. Há que agradecer a momentos, a viagens, a aventuras, a experiências, a acontecimentos e a emoções carregadas de alegria e felicidade. E que bom que há (tem havido). Só assim tudo (me) faz sentido …

Gosto de sair, gosto de música, gosto de dançar, gosto de lantejoulas e brilhos (risos), gosto de festas e gosto de comemorar. E gosto muito! Mas a noite de passagem de ano sempre foi das datas de calendário que menos planeei e investi. Acho que não indo até Sidney, até Nova Iorque ou até mesmo ali ao Funchal (risos), ‘nenhum’ programa é o verdadeiro réveillon. Resolvi simplificar e ficar por casa. Agora, e em time off, há mais tempo para pensar, e para casa!

Em casa

Não tive o melhor réveillon do mundo (também não era expectável), mas diverti-me! Foi bom ‘despachar’ o ano velho recorrendo a uma tradição ancestral – tiros para o ar -. Gostei da emoção dada pelos cartuchos, da adrenalina da espingarda e da força provocada no ombro. Não fosse filha e irmã de caçadores. Não se brinca com o fogo, não se brinca com armas, Verdade. Mas para se poder brincar com o novo ano, para o deixar entrar, tive, tivemos que garantir que o velho se foi, que ‘acabou’! E foi vê-lo a ir, tão rápido, mas tão rápido (risos) que nem houve tempo para as passas, para a champanhe e para os desejos. Que o novo ano traga muito, muito mais tempo para VIVER!

 

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