Independentemente da religião, da crença, do apoio espiritual de cada um, é impossível passar ao lado do poder e da força que Iemanjá tem em terras brasileiras. Não, que tenha estado em todas. Não foi preciso (risos). A crença a Iemanjá faz parte não só da cultura afro-brasileira, mas da cultura brasileira. E fez também parte da minha.

Iemanjá é um orixá feminino (divindade africana) de religiões afro-brasileiras, que significa ‘Mãe cujos filhos são como peixes’. E portanto, divindade da fertilidade, rainha do mar, padroeira dos pescadores e protetora das crianças e dos idosos. A sua presença está representada de várias formas, em vários lugares, em vários objetos, e sempre com associações fortes ao mar, à água, ao azul. Parei num dos recantos de Iemanjá. Um espaço de culto ao ar livre, acessível a todos, com um enquadramento e simbolismo perfeito. Mar a perder de vista, que se confundia com o céu, e tudo, mesmo tudo num meio rural e natural.

Lá, no recanto, na estátua, na figura de Iemanjá, deixadas por quem passa, várias oferendas como que a agradecer e a pedir. Fiz a minha oração. Senti o poder e o simbolismo da renovação e proteção ligado à sua imagem. Mesmo não conhecendo as bases nem os princípios da religião, religiões que representa, diferentes da minha, fiz-lhe o meu louvor. Respeitei-a. E isso foi feito por mim, e é feito por muitas pessoas, de diferentes religiões, todos os dias, em vários recantos do Brasil.

E de facto, este tema, da crença, da fé, da religião, sendo complexo e delicado é também uma grande e verdadeira confusão. Para mim é, cada vez mais. Admito-o! Um time off curto, pouco ou nada planeado, abençoado por Iemanjá …

 

 

 

 

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