CRIANÇA, fui um cromo colorido e divertido

Criança

Era uma vez uma criança, uma menina que se chamava, chama Ana Maria Pinto, mas a quem os pais, familiares e amigos sempre chamaram de Anita. A Anita bonita, está claro (risos)! A Anita sempre viveu no plural. A partilhar. Mesmo antes de ter nascido, já na barriga da mãe. No mesmo dia, na mesma hora que nasceu e poucos minutos antes, tinha nascido a sua irmã, gémea e companheira de uma Vida. E ela nem sabia, mas cá fora, e com cerca de dois anos de diferença, estava já o irmão à espera dela. Delas! Coitadas, ou coitado? A eterna questão (risos). Prefiro chamar-lhes, sortudos, a todos. Afinal não era um bebé/ criança, não eram duas, mas três! Felizes crianças, menos feliz a mãe (super mãe). Mas sobreviveu!

Há centenas de fotos da infância da Anita, mas devem ser só umas duas ou três as que se consegue encontrar a Anita sozinha. Viveu e partilhou a infância com os seus irmãos. Juntos, colados. Ela e a irmã era uma relação super cola, não descolavam nunca, e para nada. A união do irmão a ‘elas’ era uma cola mais básica (risos). Mas era cola! E plural, é plural, família, é família. Portanto, a Anita e os irmãos, em grande parte das suas brincadeiras contavam ainda com a presença de outras crianças, os primos. Talvez as melhores brincadeiras. Não são as fotos que retratam isso, mas as memórias. A Anita tem recordações maravilhosas da infância. Partilhou brinquedos, partilhou brincadeiras e muitos momentos. Dividiu. Viveu numa espécie de ‘cromo’ aos irmãos, aos primos. Um cromo colorido e divertido.

O tempo

É ‘pena’ que com o tempo, a cola, mesmo a super cola, perca alguma adesão. Pois, a criança cresce! A infância desaparece. E a Anita começa a dar alguns passos sozinha, no singular. Uma aventura boa, gratificante. Mas há ainda inúmeras vezes que a Anita fala da altura de criança, e diz que não haveria melhor time off que poder ser criança outra vez.