Visitei a vila e freguesia de Soajo. Localizada no maior concelho do Alto Minho, em Arcos de Valdevez, tem uma história e identidade singulares. É uma das mais conhecidas povoações portuguesas. E foi por isso que fui até lá. Queria conhecer mais um cantinho de valor do ‘nosso Portugal’.

Saí de Arcos de Valdevez e demorei cerca de 35 minutos. Uma bonita viagem em contacto com a natureza e com o mundo rural. A paisagem do Parque Nacional da Peneda-Gerês e o encontro feliz com cavalos Garranos.

Chego a Soajo e começo a ver que se estende numa área significativa. Circulo pelas ruas arranjadas e maioritariamente preenchidas de pedra irregular. Ali, o granito é rei! E há ainda muita vida, locais na rua e casas habitadas. No centro um pelourinho único no seu género e um dos mais enigmáticos exemplares do seu tipo. Uma também notória e merecida homenagem ao cão sabujo. Popular e acarinhado pelas gentes locais foi doado a vários reis nos séculos da monarquia. Em troca Soajo beneficiou de importantes e notáveis privilégios.

Depois, foi terminar no ex-líbiris da povoação. No notável e raro conjunto de espigueiros que compõem uma eira comunitária. Assentes num afloramento de granito e numa posição superior, são a principal atração da vila. Subi lá em cima, contei-os, 24, e andei por lá. Fotografei-os, espreitei lá para dentro e percebi que mesmo ali ainda há vida, muita espiga! Gosto destas despedidas …

 

 

 

 

 

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