‘Peregrino uma vez, peregrino sempre’. Sim! Bem, mais ou menos. Ainda não estou em condições físicas e psicológicas (risos) de dizer se é para repetir. Só quem sabe, só quem o vivenciou percebe. É preciso ir, é preciso viver na primeira pessoa. É preciso entrar na jornada da peregrinação. Tem que se ir na viagem. Ajuda a entender e incorporar a mensagem, o significado da religião. No meu caso, a religião católica. Fui até Fátima. Quis ir por isso, e não só. Queria ser peregrina pelo menos uma vez na vida.
A peregrinação foi única. Das melhores experiências e aventuras de toda a minha vida. Que lição! Ficou cá dentro. Mas também foi aquilo que está na sua origem, um ‘castigo’ auto-imposto. Foi dos maiores sacrifícios que alguma vez pensei passar. É o físico e é a mente, tudo, numa luta permanente. Venci-os! Cheguei. Hoje, passaram já alguns meses, mas é como se ainda andasse por lá. A acordar muito cedo (ainda escuro), a festejar cada etapa como se fosse a última, e a viver com o grupo como se fosse a minha verdadeira (e única) família. Apesar de todas as adversidades, tenho SAUDADES!
Ainda não tinha chegado ao destino, ao santuário, e já tinha vivido e ‘recebido’ aquilo que também é religião. Aquilo que deveria ser instituído como a verdadeira religião da humanidade – bondade, partilha, solidariedade, amor, amizade, … -. Foi na minha peregrinação, e é-o em quase todas. Também foi por isso que fui. E será também por isso que um dia pensarei em voltar …