Quando viajamos, principalmente em meios urbanos, procuramos ver aquilo que é o mais procurado, o mais popular, onde há filas intermináveis (tem que ser especial!),… De facto, corresponde quase sempre ao mais interessante e melhor. Não há dúvidas. No entanto, há ainda, monumentos e espaços, que por diversas razões não atraem o mesmo número de pessoas, e passam ao lado das multidões, mas têm um valor histórico cultural significativo. Acontece no mundo, e acontece em Amesterdão. Por isso, resolvi visitar a Igreja de Nosso Senhor do Sótão (Ons’ Lieve Heer op Solder), e o museu Casa de Remabrandt. Estão abertos ao público, têm muitas visitas e fazem parte do roteiro turístico? Siiiim, mas são incomparáveis com as principais atrações. Uma ‘espécie’ de segredos bem guardados da cidade. Fui até lá!

A Igreja por fora é uma fachada típica dos prédios de Amesterdão. Passa despercebida, como passou durante muitos e muitos anos. Anos em que os protestantes não permitiam que os católicos celebrassem as suas orações em público, bem como, identificassem prédios ou edifícios com placas – Igreja -. Eram igrejas ‘escondidas’. Visitei a única que mantém o estilo e mobiliário da época. Uma visita que passa pelas várias divisões da casa e termina no encantador e grandioso sótão, a – Igreja -. Verdadeiramente encantadora!

O espaço museu Casa de Remabrandt é o lugar onde viveu um dos artistas mais importantes de todos os tempos. Além de casa de habitação foi também lá que pintou grande parte das suas obras. Uma viagem a alguns dos quartos, à cozinha, à sala de pintura e à sala de arte onde estão alguns objectos usados como modelos e inspiração nas suas pinturas. Objetos estranhos, alguns. E várias obras, suas e de artistas contemporâneos. Uma verdadeira viagem artística!

 

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