Em Lisboa, resolvi conhecer o antigo Restaurante Panorâmico de Monsanto. Hoje, um espaço muito diferente, um miradouro panorâmico. Aliás, hoje, e ao longo de muitos anos! Sim, o distinto – comes e bebes – da capital foi abandonado em 2001, e desde essa data já foi um pouco de tudo. Li sobre isso (risos). Já, sobre os últimos anos não foi preciso pesquisar. Percebe-se facilmente na visita. O espaço esteve completamente esquecido. Terá sido refúgio e abrigo de desprotegidos, terá sido vandalizado e marginalizado,…, terá sido um espaço sujo inserido nos pulmões da cidade – Monsanto -.

No entanto, chegou a hora do espaço ser lembrado pela Câmara Municipal de Lisboa. E fizeram-no da melhor forma. Limparam-no, asseguraram vigilância, colocaram vedações, e não mexeram na estrutura. Transformaram-no num espaço turístico, num miradouro ‘alternativo’. Aberto ao público já há alguns meses, tive que ir lá ver. Ver e fotografar! Um time off miradouros surpreendente.

É um edifício misterioso. Quando cheguei, estranhei todo aquele enquadramento, confesso! Vi um edifício abandonado, sem janelas, sem portas, betão quebrado, muito graffiti, um mais artístico, outro menos artístico, um caos de cores e de mensagens distribuídas numa arquitetura em cilindro de dois pisos. Depois, já lá dentro, a circular no espaço, entranhei. É arte ao vivo e a cores. Um gigante painel em altos relevos, do artista Querubim Lapa, a dar as boas vindas, e a contar uma história. No piso superior uma parede gigante trabalhada pelo artista Vhils, uma grande homenagem à ativista brasileira Marielle Franco. E depois, o panorâmico, a vista! Que miradouro! É absolutamente maravilhosa a visão que se tem dali. Maravilhosa e ilimitada, … em várias perspectivas.

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