Visitar Castromil, uma aldeia preservada da freguesia da Sobreira, no concelho de Paredes, é sobretudo recuar milhares de anos na história dourada da localidade. As Minas de Ouro de Castromil datam da época dos Romanos, e portanto um passado com 2.000 anos. Uma intensa e longa exploração de uma atividade que hoje assume um importante património mineiro e geológico. E foi por isso que fui até lá, gosto de descobrir, de explorar.

A visita, guiada, iniciou pelo Centro de Interpretação das Minas de Ouro de Castromil e Banjas. Uma antiga escola primária mandada construir por uma família local (abastada) que queria que os seus filhos aprendessem ali. Um benefício que se estendeu à população. Hoje, continua um espaço de conhecimento. Partilha de forma científica e pedagógica o Património Cultural (geomineiro e arqueológico) do concelho. Até chegar lá, circulei a pé pela aldeia, ainda com marcas claras da sua ruralidade. As atividades agrícolas são ainda a vida daqueles terrenos e lameiros. E uma via sacra percorre e preenche a rua principal.

Depois do acolhimento e do enquadramento no Centro Interpretativo, a preparação para o percurso pedestre e visita subterrânea estava feita. Portanto, fui, fomos para o terreno. Sim, o património e a aldeia de ouro está naqueles montes densos de árvores e mato que abraça, ali bem perto, Castromil. São desmontes a céu aberto, são galerias e poços, e são vestígios de exploração subterrânea. Devidamente equipada e acompanhada, finalizei a ‘exploração’ da melhor forma – no interior de uma das suas galerias -. Um time off de ouro!

 

Deixe um comentário