Já visitei várias vezes o Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), é o grande museu de Portugal! É o espaço que reúne a mais importante coleção pública no âmbito das belas-artes. Visitá-lo é viver um time off destinado à história em várias formas – pintura, escultura, joalharia, ourivesaria, cerâmica, mobiliário, artes decorativas, têxteis, vidros, … -. Formas bonitas de se ver e (tentar) perceber a vida, e o mundo. É bom ir até lá. Faz bem.

A visita

E lá fui eu. Numa visita destinada a conhecer a sua mais renovada sala, a Sala dos Presépios. O Natal já passou, mas os presépios mantêm-se. Afinal, o Natal é todos os dias. Fui ver uma colecção das mais importantes no âmbito da história do presépio português. Escultores reputados. Expectativas elevadas!

O Presépio dos Marqueses de Belas e a Capela das Albertas são as duas principais atrações da sala. E estão juntas. O presépio foi restaurado recentemente, e a capela esteve fechada mais de 10 anos ao público, devido ao seu estado de degradação. Vi o presépio, a anteceder e à entrada do acesso à capela. Uma espécie de ‘boas vindas’ ao único espaço ‘vivo’ do antigo convento de Santo Alberto de monjas carmelitas.

Observei cada uma daquelas peças do presépio ao detalhe. Madeira, barro, uma representação única sobre a adoração do Menino. Que obra! A escultura do presépio é carregada, intensa, forte, complexa, mas encantadora. É irreal! A junção das personagens e narrativas bíblicas com cenas e figuras do quotidiano tornam-nos, aos presépio, representações riquíssimas. Únicas. A Capela das Albertas, ainda sobre intervenções de restauro, já se apresenta esplêndida. A talha dourada e os azulejos, iluminam de forma feliz, todo aquele espaço. Um espaço de culto escuro e frio, que teria sido construído com base no retiro espiritual.

Agora, e mais uma vez, é voltar! Continuar a visitar as outras salas do MNAA, e ver o resultado final da Capela das Albertas. Um direito e um dever de todos, acompanhar a nossa Cultura …

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