O mundo rural continua a ser o destino de grande parte dos time(s) off. De grande parte, e dos melhores! Gosto de aldeias, da vida simples, da natureza, da transparência e autenticidade das suas gentes, das tradições que mantêm vivas, e sobretudo daquilo que as distingue do mundo urbano, muitas vezes tão próximo. São contrastes gigantes em distâncias curtas, são vivências e andamentos opostos, e são diferentes formas de ver o mundo e viver a vida. Próximo do Porto há 9 aldeias que se encaixam na perfeição no descrito. Conhece alguma?

1. Lugar da Rua

Chego, e percebo pelo brasão na antiga Casa da Câmera que, em tempos idos, ali, houve poder. Foi sede de concelho. A escola primária (atualmente fechada) também era ali. O centro da aldeia, do lugar, é uma rua. A rua que nos leva até ao rio Ovelha, à sua magnífica travessia, e uma das suas principais atrações, a Ponte Românica de Fundo de Rua! Monumento que integra a Rota do Românico. Fui até lá. Uma caminhada lenta e serena.

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2. Burgo

Depois, fui ao aglomerado de Burgo, à rua principal e velha estrada romana, a – Rua do Burgo -. Encontrei dois locais, falei com eles. Falaram-me da aldeia, falaram-me do parque de campismo, do alojamento. Gostam de receber! Um conjunto de habitações que envolve várias épocas, várias construções, várias cores, … Em comum, o granito e a paisagem envolvente. Natureza! No final da rua, o antigo Seminário de Santa Terezinha, um monumento gigante e imponente.

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3. Areja

A aldeia, a povoação apresenta-se sob a imagem de uma encosta que nasce junto ao rio Douro e depois vai subindo significativamente. As habitações vão pintando o monte à medida que o subimos até lá em cima. Subi-o e desci-o a pé. Falei com um morador. E percebi que noutros tempos aquele pequeno cais, teve muito movimento. Era usado para comércio e para o transporte de mercadores. Hoje, acostam embarcações de recreio, e uma ou outra de pesca.

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4. Canaveses

A poucos metros da rua principal e da povoação, corre o rio Tâmega. O ‘oxigénio’ da aldeia. Descemos até lá. Um Parque Fluvial arranjado, preparado para receber e convencer. Naturalmente leve, bonito! Depois, o património. Dois espaços de culto, cada um na sua margem, alinhados e a refletir nas águas que corriam. A Igreja Românica de Santa Maria de Sobretâmega, a igreja matriz, e a Igreja Românica de São Nicolau.

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5. Tongóbriga

São também notórias obras de recuperação e conservação da aldeia. Querem receber. As casas, tradicionais, estão arranjadas e vivas. As ruas limpas, o Cruzeiro e o adro da Igreja do Freixo, no cimo da Rua, indicaram-me o centro da aldeia. Era ali que devia parar. Parei, fotografei, e questionei uma pessoa local. Como faço quase sempre. Gosto da interação.

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6. Castromil

A visita, guiada, iniciou pelo Centro de Interpretação das Minas de Ouro de Castromil e Banjas. Uma antiga escola primária mandada construir por uma família local (abastada) que queria que os seus filhos aprendessem ali. Um benefício que se estendeu à população. Hoje, continua um espaço de conhecimento. Partilha de forma científica e pedagógica o Património Cultural (geomineiro e arqueológico) do concelho.

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7. Quintandona

Fotografei, parei e percebi que ali há Vida local, e há turismo. Estão prontos para receber, e bem, há motivos para ir até lá. Vários canastros recuperados (espigueiros), uma capela com mais de 200 anos, o antigo cruzeiro, os lavadouros tradicionais com marcas frescas de uso. E um espaço próprio para receber, o Centro Interpretativo da Aldeia de Quintandona. Preservaram a aldeia, as suas tradições, e partilham-no com muito bom gosto.

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8. Cabroelo

Um time off rural para conhecer mais uma das nossas aldeias, do ‘nosso Portugal’! Uma tarde maravilhosa de outono, e uma paragem que já sabia obrigatória, o – Museu da Broa -. Não fosse a broa um dos alimentos típicos do local. O museu é um complexo composto por vários moinhos situado antes de chegar ao povoado, em plena estrada nacional.

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9. Couce

Chego à aldeia e percebo facilmente que uma só rua atravessa Couce, e Couce é aquela rua. Pedra irregular em tons terras preenche o pavimento e as casas, as cortes para o gado. Algumas eiras, alguns palheiros, tudo ali concentrado em poucos metros quadrados. Conta a história que ali terão vivido romanos e esta sobreposição das casas era uma forma de se protegerem e defenderem.

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