Viajar pelo ‘nosso Portugal’, é também poder encontrar vários centros de interpretação (ou centros interpretativos). Muitos. Espaços relativamente recentes criados para apoiar e partilhar o conhecimento de determinado tema. Diferentes dos museus, que, na sua maioria, se focam na exposição de peças/ objetos de estudo, comunicam conteúdos baseados no significado do património. Ajudam a enquadrar a visita, a viagem, o time off ao tema. Visitei muitos, de vários âmbitos. Distribuídos por municípios, freguesias e localidades onde a cultura, a história, ou a natureza se elevam. A Norte, deixo-vos 5 dos melhores:

Minas de Ouro de Castromil e Banjas, Paredes

Uma antiga escola primária mandada construir por uma família local (abastada) que queria que os seus filhos aprendessem ali. Um benefício que se estendeu à população. Hoje, continua um espaço de conhecimento. Partilha de forma científica e pedagógica o Património Cultural (geomineiro e arqueológico) do concelho.

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Porco e do Fumeiro, Vinhais

A vila de Vinhais é conhecida como a capital do fumeiro. Tão bom! E foi por ‘aí’, pelo Centro Interpretativo do Porco e do Fumeiro que comecei a minha visita. Para além das várias raças e de maquetas artísticas do porco, está também apresentado o processo de produção de fumeiro. Transparência e partilha de conhecimento. Gosto!

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Vale do Tua, Carrazeda de Ansiães

Um filme detalhado apresentou as principais características e tradições da região. O inicio da visita. Um enquadramento perfeito para se iniciar a ‘viagem’ pelo Vale do Tua. Entrei no espaço e percebi, senti, era o Vale do Tua em toda a sua dimensão, natural e humana (antes da barragem). Uma viagem, uma história com milhares de anos. Está exposta a história do povoamento, da fauna, da vida que se fazia, e talvez ainda se faça pelo Tua.

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Máscara Ibérica, Lamego

São vários sub-espaços com um princípio comum, a partilha de máscaras e trajes do nordeste de Portugal e do norte de Espanha. Regiões que compartem rituais e hábitos ancestrais muito semelhantes. Circulei pelos vários espaços e encontrei máscaras de cores muito garridas (vermelhos, pretos, brancos), em vários materiais, cada uma com o seu significado. Não fiquei a saber todos, mas fiz questão de ‘experimentar’ as máscaras de Lazarim.

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Românico, Lousada

É necessário perceber e interpretar cada um dos monumentos, cada um dos testemunhos de pedra de uma identidade construída dos séculos XII ao XIV. São diferentes tipologias, são construções com diferentes fins. Uma arquitetura versátil que predominou durante mais de duzentos anos. E viajar até lá, ao CIR, na vila de Lousada, foi precisamente ouvir, ver e ‘ler’ de perto todo este estilo, esta identidade fundada na história.

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