‘Peregrino uma vez, peregrino sempre’. Só quem sabe, só quem o vivenciou percebe. É preciso ir, é preciso viver na primeira pessoa. É preciso entrar na jornada da peregrinação. Tem que se ir na viagem. Ajuda a entender e incorporar a mensagem, o significado. Fui até Fátima a pé. Quis ir. Queria ser peregrina pelo menos uma vez na vida. Fui. E foi das melhores experiências e aventuras de toda a minha vida.

1. A experiência, a aventura

A caminhada foi preparada com dois meses de antecedência, de forma individual, e nada profissional, em caminhadas mais ou menos regulares de 10 a 14 km. ‘Vou preparar-me, e depois logo vejo como me sinto.’ Não tinha preparação física nenhuma, mas fui caminhando e fui ganhando confiança e mesmo com várias versões de desmotivação (mas também realistas), ‘é muito duro, tanto física, como psicologicamente’, ‘não sei se estás preparada’, ‘é uma caminhada muito exigente, são mais de 40 km por dia’, ‘tens que saber gerir o tema da desistência’, resolvi arriscar!

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2. A missão

Não tem explicação a quantidade de variações de humor e não só, que uma experiência destas envolve num dia. Eu diria mesmo, numa hora (risos). Comigo tem sido. É tudo muito intenso, é tudo muito forte, e parece que não há mais mundo, mais vida para além desta missão de peregrinação.  Isto sim é um verdadeiro retiro de, e para, tudo. Para mim tem sido. No entanto, é um retiro que envolve momentos de diversão, de emoção, de dor,  de sofrimento e eu chego mesmo a dizer ‘tortura’.

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3. A meta

Faltavam duas etapas, dois dias, e já me cheirava a Fátima, ao nosso destino! As estradas, os caminhos, os atalhos estavam cheios de peregrinos, de todos os pontos do país. Grupos grandes, grupos mais pequenos. Vi cor, vi animação, vi fé, e vi aquilo que não me esquecerei nunca – apoio, ajuda -. E as dores, as dores reduziram drasticamente, quase desapareceram. Foi incrível a força e a energia que tive para concluir as duas etapas finais. Estava fina, fresca. Parecia que estava a iniciar a peregrinação.

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4. O caminho dos Pastorinhos

O Caminho dos Pastorinhos integra a via sacra, através de monumentos identificativos e representativos das várias estações que compõe o percurso de Jesus a carregar a cruz. No percurso estão também distribuídas várias lápides com mensagens de Nossa Senhora, e dos Pastorinhos. Mensagens fortes, muitos fortes – ‘Vês? Não devemos ter medo de nada! Aquela Senhora ajuda-nos sempre. É tão nossa amiga!’ (Beata Jacinta), ‘E tu? Sofres muito? Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus.’ (Nossa Senhora)-,…

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5. O adeus

Fui até ao santuário várias vezes, a várias horas, e vi-o de várias perspectivas. Também fiz a queima das velas. Um exercício difícil e exigente, mesmo para mim, crente. É confuso atribuir um pedido, um tema a cada vela, ou um agradecimento, ou qualquer outro sentido. E com muitas velas, pode ser mesmo o caos.

A noite do dia 12 de maio foi iluminada por milhares de velas que preencheram todo o recinto de oração, numa inesquecível procissão de velas. Ali percebi que tinha que estar presente.

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