É verdade que o time off ALDEIAS é indiscutivelmente um dos meus programas favoritos pelo ‘nosso Portugal’. É também dos mais frequentes. E não é à toa! O mundo rural é necessário e é importante. Faz parte das minhas origens, e faz-me bem. Conta a história das terras e das gentes. Particulariza. É autêntico, típico. É património cultural, material e imaterial. E é nosso! No distrito de Braga já visitei muitas das suas aldeias. Partilho algumas das mais encantadoras:

1. Urjal, Amares

Cruzo-me com um local, um dos poucos habitantes da localidade, onde hoje vivem 20 pessoas. Informou ele. Informou e partilhou: ” Visite os moinhos de água, beba água da fonte, é fresca é saudável, … temos percursos pedestres, e temos uma paz única.” Os olhos brilhavam-lhe a falar da aldeia. Acompanhou-me grande parte do passeio. É um contexto marcadamente rural. É a verdadeira aldeia serrana.

mais em: URJAL – A ALDEIA TÍPICA E AUTÊNTICA DE AMARES!

2. Moimenta, Cabeceiras de Basto

Um time off que iniciou pela passagem num dos monumentos mais interessantes e particulares da freguesia. A Ponte de Cavez, classificada como Monumento Nacional. Poucos metros ao lado e já em direção à aldeia, a Praia Fluvial. Um espaço fresco e arranjado em ambiente natural.

Mais à frente, a ponte antiga sobre o rio Moimenta, Imóvel de Interesse Público, e mais uma razão para parar. Parar e fotografar! Afinal é uma obra da Idade Média.

mais em: MOIMENTA, CABECEIRAS DE BASTO – PATRIMÓNIO NATURAL!

3. Busteliberne, Cabeceiras de Basto

A viagem, da vila até à aldeia, demorou cerca de 30 minutos. Grande parte do percurso foi feito por estradas estreitas, em plena serra. Uma viagem ‘privada’! Não me cruzei com um veículo. A povoação terá crescido a partir de um conjunto de tradicionais abrigos de pastores. Sim, ali a pastorícia foi, e ainda é, a atividade que ‘alimenta’ aquelas gentes. Hoje, vivem ali (permanentes) pouco mais de uma dúzia de pessoas. Encontrei duas. Parei, falei com elas, enquanto circulava a pé pelas ruas inclinadas.

mais em: BUSTELIBERNE, CABECEIRAS DE BASTO – A ALDEIA SERRANA!

4. Mós, Fafe

Inserida entre várias serras, Cabreira, Marão, Amarela e Gerês, e no alto de um cume é uma espécie de miradouro secreto. Sim, é preciso estar bem atento para conseguir chegar até lá, e além disso é necessário fazer um traçado de estrada sinuoso. Uma verdadeira aventura! Não fosse por ali, na freguesia de Aboim, que passa o popular e exigente rally de Portugal.

Mas cheguei. Estacionei o carro, e percorri a aldeia a pé. Sou fã de percursos perdestes.

mais em: MÓS, FAFE – RESPIRAR AR PURO …

5. Pontido, Fafe

Sempre viveram lá poucas pessoas, e os últimos dados apontam para menos de 10 moradores. Mas hoje a aldeia é um complexo turístico. O antigo Pontido está vivo, para receber. Expectativas elevadas. Fui até lá!

Inserida num ponto inferior, num vale quase selvagem e com o rio Vizela a atravessá-la ao meio, é um pequeno e singular paraíso. Percebi isso logo que cheguei. Um enquadramento fresco, verde, calmo. Uma aldeia isolada e ‘escondida’. Ali, a vista é fantástica, mas curta. A vegetação está por todo o lado, é densa. Mistura-se pelas rochas que compõem as margens do rio Vizela, algumas delas gigantes.

mais em: PONTIDO, FAFE – VOLTOU A VIVER PARA RECEBER!

6. Cutelo, Terras de Bouro

Um casario em granito, típico, que onde a onde já revela manutenção. Casas arranjadas e recuperadas a intercalarem-se com cortes de gado, eiras, espigueiros vários. Fotografei-os. São identidades da região, como o são o gado bovino, que pastava nos lameiros e depois recolhia livremente às cortes. O mundo rural vivo e puro. Vi-o. Falei com uma local, uma senhora simpática, de sorriso fácil, que encontrei junto à Capela, a Capela de São Domingos do Cutelo. Estava nas suas lides diárias. Conheceu Cutelo muito diferente daquilo que é hoje, mas mesmo assim quis ficar.

mais em: CUTELO – A ALDEIA SERRANA DE TERRAS DE BOURO

7. Aboim da Nóbrega, Vila Verde

Visito a Igreja acompanhada de duas locais que gentilmente me abriram as portas. Lá dentro, um dos tetos mais ricos e bonitos da região. Cá fora, e a alguns metros, um cruzeiro, uma capela, uma alminha, um espigueiro, uma eira. Mais alguns metros, mais uma alminha, mais espigueiros, mais capelas, mais eiras, …, e Cabanas. Uma das identidades fortes da região minhota. As cabanas eram, e são, espaços respeitados pelas suas gentes. Era lá que se guardavam as alfaias agrícolas e os carros de bois. Há documentos escritos que atestam os seus proprietários. Há obras na envolvente, mas elas mantêm-se intactas, mesmo sem uso.

mais em: ABOIM DA NÓBREGA – A ALDEIA BONITA DE VILA VERDE!

8. Mixões da Serra, Vila Verde

E foi precisamente o gado a origem do santuário. Igreja e escadaria  com a Imagem de Santo António. O centro! A sua história remonta ao séc. XVII, altura em que uma peste vitimou grande parte do gado da aldeia. Altura em que os locais prometeram a Santo António a construção de um templo em sua honra, se livrasse os animais da peste. Cumprida, o povo construiu uma capela no alto da serra. Mais tarde, substituída pela Igreja que vemos hoje. Singular. Bonita. E o melhor cartão de visita para quem chega.

mais em: MIXÕES DA SERRA – A ALDEIA PROTEGIDA E GENUÍNA DO GERÊS

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