No município de Oeiras, em Baracrena, é obrigatório conhecer a Fábrica da Pólvora. Todo um espaço gigante, uma espécie de parque, que agrega um dos maiores, dos mais fortes e dos mais bonitos núcleos de cultura do concelho. Uma combinação feliz e saudável de edifícios e estruturas destinadas ao: i) lazer – restaurantes, cafés, jardins; ii) ensino – atividades académicas e científicas; iii) artes – exposições; iv) desporto – circuito desportivo de manutenção; e v) passado – Museu da Pólvora Negra. E eu fui até lá, num time off explosivo!

Durante séculos, a Fábrica da Pólvora foi determinante para a vida económica e social das suas terras e das suas gentes. Funcionou entre 1540 e 1940, e foi uma das fábricas de armas que o Rei D. Manuel I fundou. Estrategicamente localizada junto à ribeira de Barcarena, local abundante em água, mantém e partilha, hoje, muito daquilo que esteve envolvido com a sua principal atividade, o – fabrico da pólvora -.

Santa Bárbara, padroeira dos polvoristas, deu nome a um pátio da fábrica. É ‘quase’ a porta de entrada do complexo, e é um dos pontos mais importantes de todo o espaço. Foi onde passei mais tempo. Ali, concentra-se o acesso às áreas que marcaram a sua atividade: i) a casa do relógio; ii) a galeria das azenhas; iii) a caldeira dos engenhos; e iv) a casa dos engenhos, hoje Museu da Pólvora Negra.

Entrei no museu! Foi lá que funcionaram os primeiros engenhos de galgas para o encasque da pólvora negra. E é também lá que se pode viajar num passado de cerca de 400 anos. A melhor introdução para desfrutar, sentir e ‘ler’ o espaço da Fábrica da Pólvora. Naturalmente encantador.

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