Visitei Candosa, um time off aldeias pela Região das Beiras. A sua história, longa e variada, remonta à época medieval. Chegou a ser referida como Terra de Seia, pertenceu ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, transitou como couto para a Sé de Coimbra, e teve foral entre 1514 e 1842. Período em que assumiu o estatuto de vila e sede de concelho. À grande!

Visita

Hoje, Candosa é uma aldeia freguesia pertencente ao município de Tábua. Mantém ainda muito daquilo que foi o seu passado. Concentra em si monumentos e detalhes de um meio rural que permanece vivo e feliz pelas suas origens e tradições. E foi por isso que fui até lá. Estaciono o carro, e uma homenagem simples e bonita aos oleiros. Uma estátua, um oleiro, a dar as boas-vindas a quem chega. Durante décadas, homens e mulheres, famílias inteiras dedicaram-se à olaria, nas suas diversas funções. A arte foi-se, mas a sua ‘força’ não. Foi a principal subsistência das suas gentes.

Terra de emigrantes, também. Primeiro para o Brasil, depois para a Europa, vive dias mais agitados no verão, quando muitos deles regressam para ‘matar’ saudades. A caminhar com locais pelas suas ruas e ruelas, falamos sobre isso, as – casas fechadas -, as – casas de férias -. Passamos pelo pelourinho manuelino, Imóvel de Interesse Público, a antiga cadeia e tribunal (em ruínas), a antiga farmácia, onde os Clientes eram atendidos à janela. Visitamos a Igreja Matriz, mesmo ao lado. Singela, por fora e por dentro, incorpora um baptistério antiquíssimo. E fui, fomos, até à fonte das caretas. Um incrível fontanário, lavadouro, de água de nascente que, bem menos, que antes, é ainda usado. Havia, numa água fresca e transparente, marcas e aroma a sabão.

Despedi-me a dançar, a visitar o Centro Cultural e Recreativo de Candosa. Um espaço destinado ao associativismo, e em particular ao folclore. Uma das atividades mais ativas e que mais elementos envolve. Viva Candosa!

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