No concelho de Tábua, visitei a freguesia de Midões. Uma das freguesias do ‘nosso Portugal’ com mais casas senhoriais e com um singular património religioso. Foi vila e sede de concelho, entre 1514 e 1853, e há ainda marcas desse passado. Encontrei-as.
Comecei por ver um número significativo de solares. Imponentes, grandiosos. Preenchem grande parte do povoado. Todos eles propriedade privada, apresentam-se entre renovados e arranjados, e alguns devolutos. Destaque para o Palácio do 2º Visconde de Midões, um edifício de construção do séc. XIX encimado por estátuas representativas das 4 estações do ano. Espetacular! A poucos metros, e de frente, a Igreja Matriz. Monumental. E por isso considerada a catedral das Beiras. Alinhado com o edifício, o adro, um espaço privilegiado e amplo de onde se vê a Serra da Estrela e a Serra da Lousã. Fotografei sem parar. Vi o pelourinho manuelino, Imóvel de Interesse Público, e vi fontes e lavadouros, onde corria água fresca em abundância.
Ainda na freguesia, mas em Coito, localidade a poucas centenas de metros, mais um pelourinho Imóvel de Interesse Público e mais um templo religioso com uma pequena (mas grande) particularidade. Uma capela, a de S. Sebastião, com lápides romanas incorporadas. Depois, cruzo-me com locais, falo com eles, e falo-lhes do time off. Recomendam, a poucos metros, mais uma paragem – o outeiro e a capela de São Miguel -. E visitar um, é visitar o outro. No centro do outeiro ergue-se estrategicamente e elegantemente a capela. Visitei-os. Desfrutei de uma paz, de um silêncio e de uma vista fantástica. Que boa, e feliz, forma de me despedir …