1. Museu Grão Vasco

No centro histórico da cidade, ao lado da Sé, apresenta-se o espaço museológico secular de Viseu. O Museu Nacional Grão Vasco! Datado de 1916, é um dos ex-libris dos viseenses. O principal museu da cidade. Visitei-o. É todo um acervo com obras de arte, várias e ricas. E de várias épocas. A coleção principal é constituída por um conjunto notável de pinturas de retábulo, da autoria de Vasco Fernandes (c. 1475-1542), o Grão Vasco. O acervo inclui ainda objetos e suportes figurativos destinados a práticas litúrgicas. Grande maioria provenientes da Sé e de igrejas da região. Mas há também peças de arqueologia, e uma coleção importante de pintura portuguesa dos séc. XIX e XX, exemplares de faiança portuguesa, porcelana oriental, mobiliário e têxteis.

A exposição temporária (até 25 de agosto) é uma linda e irrequieta viagem às – Regras do retrato -. Identidades, pormenores e emoções. Vale a pena ver, e envolver-se …

2. Museu Almeida Moreira

Visitar o Museu Almeida Moreira, é entrar em sua casa. Na casa de quem doou quanto o que tinha à sua cidade, – Viseu -. Cidadão interventivo, viajado e de espírito cosmopolita, envolveu-se desde cedo no mundo da arte e do colecionismo. Historiador de formação e apaixonado por museus, fundou o Museu Grão Vasco, levando-o além-fronteiras. Viveu e entregou-se de corpo e alma, em diferentes domínios, à terra que tanto amou. Envolveu-se e empenhou-se na valorização do património regional, doou a sua habitação, no coração da cidade, ao município, para que dela se fizesse casa-museu.

Fui até lá! No interior, uma coleção privada criteriosa e singular. Obras de grandes mestres, de quem fez questão de estar sempre rodeado, – José Malhoa, Marques de Oliveira, Amadeo de Souza Cardoso, Rafael Bordalo Pinheiro, Domingos Sequeira, …-. Um reflexo claro do seu perfil como colecionador, marcado por um estilo eclético e um critério aquisitivo distinto, exigente. Destaque também para a coleção temporária –  Viseu pelas bocas do mundo -. Uma espetacular e bonita recolha da visão sobre a cidade para viajantes estrangeiros, autores e editores de guias e livros de viagem. Viseu em palavras …

3. Casa do Miradouro, José Coelho

Bem próximo da Sé, e num dos míticos edifícios da cidade de Viseu, apresenta-se a Casa do Miradouro – coleção arqueológica José Coelho. Uma exposição focada na paixão pelo passado de um dos percursores da arqueologia da região. José Coelho. O investigador. Fui até às suas salas. Uma introdução à sua pessoa, algumas das suas vivências, e alguns cadernos de notas arqueológicas e caixas onde guardava as amostras recolhidas. Dá também a conhecer as suas principais intervenções arqueológicas na região de Viseu – dólmen de Mamaltar, Anta Maior da Pedralta e Necrópole do Paranho -. Mas há também peças arqueológicas encontradas por quem o seguia e acompanhava. Um reflexo do seu distinto e singular trabalho na exploração das origens daquelas terras e gentes …

Há também uma exposição temporária (até 30 de agosto) no âmbito das duas moedas de ouro encontradas na Rua das Ameias. Uma partilha sobre o trabalho desenvolvido – escavações – para saber mais sobre a vida noutros tempos.

4. Museu de História da Cidade

É numa das mais emblemáticas ruas da cidade que se localiza o Museu de História da Cidade. Foi lá, em plena Rua Direita que o encontrei. Um espaço criado para dar cumprimento a um sonho antigo da comunidade viseense – ter a sua história concentrada e partilhada -. Uma história fantástica com cerca de 2500 anos repleta de acontecimentos singulares, heróis fascinantes e cativantes mistérios. Está lá tudo, quase tudo. De forma sintética e clara, e em salas distintas, vários conteúdos permitem uma viagem pela identidade Viseu. Desde a Idade do Ferro até ao séc. XX expõe grandes ícones e símbolos do património – o foral de D. Teresa com 895 anos, a ara romana do século 1 d.C e as jóias de D. Fernando da Idade do Ferro -.

Destaque também para a maquete da Cava de Viriato, um dos monumentos em terra mais enigmáticos da história de Viseu. Bonita. Mas também há futuro! Numa das salas está guardada a cápsula Vissaium 2038. A abrir só nesse ano.

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