Visitar o Museu do Caramulo é viajar numa história extraordinária. Linda. Amor à ‘terra’. Amor à família. Há um passado incrível na sua origem. Foi um dos primeiros museus portugueses a ser construído para o fim a que se propõe. Talvez o primeiro e único. Fui até lá!

Em 1921, Jerónimo de Lacerda, médico, colocou a simpática e interior vila do Caramulo no ‘mapa’. Em plena serra do Caramulo, e do nada, criou a maior estância sanatorial do País e da Península Ibérica. Uma magnífica obra dotada de infra-estruturas únicas no país. Mais tarde, Abel e João, seus filhos, cientes de que o progresso da medicina ditaria o fim do Caramulo enquanto centro de tratamento, trabalham na procura de ideias que assegurem a sobrevivência da ‘terra’ e da obra herdada. Transformaram as estruturas existentes em turismo de altitude, converteram o cenário serrano em polo de atracção cultural e artística. E foi assim que, nos anos cinquenta, surgiu um invulgar museu, situado numa montanha no centro de Portugal. O Museu do Caramulo!

O museu, fácil de identificar, é um imponente e destino edifício. É propriedade da Fundação Abel e João de Lacerda, e é a concentração clara das paixões dos dois irmãos – arte e automóveis – respetivamente. A coleção de arte apresenta mais de 500 peças, numa viagem desde o Antigo Egipto até Pablo Picasso e Salvador Dalí. Espetacular. A coleção de automóveis, motos e bicicletas reúne mais de 100 peças ao longo de 140 anos de história. Mas há mais, há também uma coleção de brinquedos antigos com cerca de 3.000 peças a ‘tocar’ a infância de qualquer um dos visitantes. Há cultura, há arte, e há muita história no interior da serra …

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