1. Sé de Viseu

A Sé de Viseu, ou Catedral, é um ponto de referência para quem visita a cidade. Talvez o ponto turístico religioso mais popular. Classificada como Monumento Nacional foi construída junto a um primitivo templo suevo-visigótico do séc. X, mas só começou a tomar a verdadeira forma durante o reinado de D. Afonso Henriques. A frente, caraterizada por uma majestosa fachada delimitada por duas robustas torres sineiras, convida a entrar. Monumental. Pode ter um aspeto de igreja-fortaleza, no entanto, com o passar dos séculos o seu estilo foi-se alterando significativamente. Sofreu profundas mudanças. O seu interior é testemunho disso. Lá dentro, imponentes e gigantes abóbadas cobrem o espaço. Uma obra executada por um dos mais consagrados arquitetos do tempo manuelino, João de Castilho. Mais tarde, vários séculos depois, em pleno tempo barroco, uma nova roupagem. A magnificência da talha dourada, dos painéis de azulejo e das pinturas figurativas. Maravilhoso templo!

Também visitei o Museu de Arte Sacra. Integrado no edifício da Sé, o “Tesouro da Catedral” é um espaço que concentra inúmeras e valiosas peças de Arte Sacra e alfaias religiosas, entre elas paramentaria, relicários, custódias, esculturas, mobiliário e livros. Destaque para os cofre-relicários de Limoges, do séc. XII, a Custódia Gótica, de 1533, o Cristo do Cabido, de 1783, e a escultura do Menino Jesus, de Machado de Castro.

Situada de frente para a Sé de Viseu, apresenta-se a Igreja da Misericórdia, datada de 1755. Monumento Nacional, apresenta uma fachada pouco comum. De cada lado, prolongam-se dois ‘corpos’, nos últimos dos quais assentam as duas torres sineiras. No interior, no trono do retábulo-mor repousa a imagem da Nossa Senhora da Misericórdia. O coração da igreja. Há ainda a destacar o grupo escultórico a Visitação (1875) e as telas Visitação e Nossa Senhora das Dores (1885). Que obras!

Integrado no edifício está também o Museu da Misericórdia, o “Tesouro da Misericórdia”. Fui lá dentro. É uma partilha dos diversos bens culturais que narram a história da Irmandade viseense. Uma história de afetos, de piedade, e de amor viva há cinco séculos. Um dos ex-líbris do museu é a bandeira de procissão da Misericórdia de Viseu.

3. Igreja dos Terceiros de São Francisco

Foi bem no centro de Viseu, e numa das zonas mais movimentadas que se ergueu no séc. XVIII a Igreja dos Terceiros de São Francisco. E eu fui até lá. É um dos templos religiosos mais bonitos da cidade. O seu principal acesso é feito através de uma grande e respeitosa escadaria em granito escuro, alinhado com a fachada marcada por um estilo barroco. Linda. Lá em cima, o movimento e o ruído da urbe não se fazem sentir. Marcam presença uma tranquilidade e paz inexplicáveis, e a frescura do verde do Parque Aquilino Ribeiro, mesmo ao lado. Silêncio absoluto no interior. Onde retábulos de talha dourada e painéis de azulejos com momentos da vida de São Francisco enriquecem o espaço. Há também um admirável órgão do séc. XVIII instalado no coro. É ir até lá, é visitar!

4. Igreja de Nossa Senhora do Carmo

Monumento Nacional, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, datada de 1738 é um templo importante e curioso da cidade viseense. A sua construção teve origem num desentendimento entre frades e irmãos da Ordem Terceira de São Francisco. Localizada próxima do centro histórico visitei-a. Com dupla torre sineira sofreu várias alterações ao longo dos anos, com destaque para os acréscimos da sacristia e sala das sessões. O interior, lindo, possui retábulos cobertos a folha de ouro. Sim, ouro! Destaque também para os tetos decorados em perspectiva e mostrando no centro a Virgem com o Menino ao colo a ser coroada por anjos. A capela-mor e o corpo da igreja são revestidos por um friso de azulejos rococó. Maravilhosos, são talvez o ex-libris da igreja. Um espaço de paragem obrigatória.

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