1. Barcos

Estava um dia lindo, de sol, e no final da rua estava também à minha espera um largo, o centro, um cruzeiro e a Igreja Matriz identificavam bem que tinha chegado onde queria. Estacionei e comecei a caminhar, caminhei nas várias ruas da aldeia, conversei com uma ou outra pessoa que encontrei, e tive a companhia feliz de uma jovem local que me levou até à Fonte Velha, até aos antigos Paços do Concelho, até à Casa da Roda e até à Casa da Colegiada. Gosto tanto desta proximidade e desta singularidade do contacto e da disponibilidade em receber, em acompanhar …

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2. Boassas

Subi o Caminho da Arribada, um estreito que serve de acesso a várias casas que se vão sobrepondo na arriba. Para trás, em cima dos telhados, o Douro. Ao fundo.

Mas Boassas é também um conjunto de casas típicas e edifícios relevantes. A Casa do Cerrado, a Casa do Cubo, a Casa do Fundo da Rua, a Casa da Calçada, a Casa do Outeiro, …., a Igreja Matriz, e o coreto. Simples, e de reduzidas dimensões, foi onde terminei o time off. Acolhedor, ‘pediu-me’ para ir até lá. Subi! A vista, grandiosa. Natureza. Vida. E uma vontade enorme de ficar ali até a noite cair…

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3. Covas do Rio

Paisagem verde, com montanhas a toda a volta, e Covas do Rio no sopé, distribuída pela encosta. Um aglomerado de casas, muitas em xisto e com telhados de lousa, e outras mais recentes, mais coloridas. Circulei pelas ruas estreitas e sinuosas, quelhas por onde não passam senão pessoas e animais. A pequena povoação viveu e vive essencialmente da pastorícia. Encontrei um rebanho no adro, junto à Igreja, e ao coreto. Estavam a deslocar-se para a serra. Fotografei-as. No entanto, também há vacas, e dessas vi as marcas na calceta. Andavam no monte, nas pastagens frescas que rodeiam a aldeia. Água fresca em vários cantos.

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4. Mortazel

Circular na aldeia é perceber que ali houve e há fé, há alminhas, há uma bonita capela, e há vida. Entre casas de xisto e cimento, entre casas fechadas e ao abandono, há casas com vida, vida local. E depois há também casas para receber, para o turista. Há futuro! Foi construído recentemente um complexo turístico – balcões da colina – que concentra alojamento local e restauração. Um convite feliz e bonito a uma estadia perfeita para quem gosta da vida de campo. E eu gosto muito…

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5. Lages de Sangemil

Localizadas num ponto superior da aldeia, distribuem-se de forma ‘leve’ pela encosta. Uma vista desafogada para o vale, vales, e para Penalva, a vila. Um enquadramento fantástico, uma luz única, e depois as portas, as janelas, os vasos, e uma dimensão que nos remete ao mundo encantado da vida de aldeia. Andei lá. De casa em casa, de porta, em porta. De eira, em eira. Sim, estão inseridas em grandes eiras onde noutros tempos se realizavam as desfolhadas. Agora, é esperar (pouco tempo) para fazer um time off por lá. Ficar, pernoitar, e viver a aldeia…

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6. Pena

Lá, um enquadramento único. ‘Que lindo’, ‘Que aldeia de sonho’, ‘Gostava de viver aqui’, ‘Riquíssimo o nosso Portugal’, ‘Nunca vi nada assim’, ‘Que surpresa!’, ‘Ultrapassou todas as expectativas’ …. Valeu a pena a aventura? Se valeu! Xisto e ardósia preenchem o casario da aldeia. Cores frias, muito escuras, e pouca luz natural convidam à contemplação. Respeito! Uma pequena aldeia onde hoje vivem menos de 10 pessoas. Dito por um local, que vive para partilhar, com quem chega, muitos dos ofícios e da gastronomia local. Sim, estão preparados para receber, e querem os turistas por lá. Sobre a aldeia dominava a sombra.

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7. Reriz

Chego e percebo que a aldeia é uma, pequena grande, maravilha. Estava calma, os sons eram da natureza. A luz era do Sol! Uns espigueiros, umas casas com pátios e terraços. Espaços, preparados para as atividades agrícolas. Sim, ali, muitas daquelas gentes viveram do campo, do gado. Há provas disso, mas também há provas que o tempo foi ‘andando’. Habitações modernas, casas que foram construídas para passar férias. Para desfrutar da vida. Viver bem. A natureza é a Mãe de Reriz. Ar puro. Vista saudável. Nascentes de água pelas ruas. Água fresca. Pura. Locais a circular a pé nas suas rotinas. E eu, a fotografar e registar. Mas Reriz também está preparada para receber. Há casas de turismo, há alojamento.

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8. Salzedas

Chego à localidade e percebo a dimensão do mosteiro, não terminava! Quando contorno a rua, além de ver que se estende por mais alguns metros, deparo-me com a igreja, hoje igreja paroquial da freguesia. Que monumento! Uma dimensão tanto exterior como interior majestosa. Sim, andei lá dentro e quis ficar por lá. Senti-me num espaço muito leve, muito cuidado, preenchido de arte e luz natural. Grande parte das paredes estava sem o reboco mostrando a pedra original. E gosto deste voltar às origens, desta partilha, desta transparência (risos)! Nem sempre o recuar no tempo, o voltar atrás, é não ir em frente.

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9. Trancozelos

Localizada a poucos minutos da vila, e sobre uma encosta, comecei a vê-la a partir do vale, ainda antes de chegar. Uma povoação colorida e concentrada. A igreja matriz muito bem definida a sobressair do aglomerado. Seria ali o centro da aldeia. Começo a subir em direção a Trancozelos e sou ‘forçada’ a parar. Parar e fotografar. Uma ponte medieval sobre o rio Dão datada do séc. XVIII. Que Monumento! Teria servido não só o Mosteiro do Santo Sepulcro, como várias povoações na vizinhança.

Continuei e parei no centro de Trancozelos. Um ‘encruzilhado’ feliz de quelhas e becos em torno da igreja.

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10. Trevões

Chego ao final da rua em direção à igreja matriz, um monumento que gosto sempre de visitar. E ainda antes de pisar o largo, percebo que estou entre dois edifícios a visitar, a entrar. Eram dois museus, um de cada lado da rua. Surpresa total! Sim, ainda há surpresas, mesmo nas visitas planeadas. ‘Têm aqui um museu de arte sacra e um museu etnográfico, que boa surpresa, quero ver’. E vi! Visitei os dois museus. Espaços de partilha ricos e bem apresentados, gostei muito de os visitar. A tarde terminou com a visita ao interior da igreja matriz, um espaço onde ainda se mantêm vivos e protegidos lindíssimos frescos (pintura mural mais antiga e resistente da história).

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11. Ucanha

Deparo-me com uma torre elegante, mas robusta e ‘forte’, ligada a uma ponte comprida mas que tinha tanto de bonita como de frágil, para quem via, para mim. Primeiro subi lá em cima. A uma altura de 20 metros, gostei das janelas do piso intermédio. Janelas ‘recortadas’ aos bocadinhos mas que permitiram ver muito, e ver bem. No último piso encontram-se várias peças antigas expostas e quatro aberturas, uma em cada lateral, para umas espécie de varandas (os balcões das fortificações). Entrei em todas em grande velocidade, não para controlar ou avistar o inimigo mas para ver Ucanha, o rio Varosa e tirar umas selfie.

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12. Vale de Papas

Cheguei, e o quadro paisagístico foi um verde intenso em meio rural. Vários pastos! É ali onde o gado passa o dia, antes de recolher à corte. Pastos verdejantes. Ruas muito estreitas, em granito ‘manchado’ pelos animais que todos os dias as atravessam. Diversos canastros e eiras comunitárias sobrepostas umas nas outras. Uma espécie de labirinto é a disposição e distribuição de quase toadas as casas, bem como anexos agrícolas, e cortes. Andei por lá. Há ainda coberturas de colmo, e há ainda sinais que as atividades típicas não se perderam no tempo – a desfolhada, a descasca do cereal e a malha do centeio -. São razões fortes para voltar, e saborear.

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