Fui visitar o Aqueduto das Águas Livres! O Monumento Nacional, e uma das identidades, e (ainda) um dos – valores – mais altos da capital. É uma das obras mais emblemáticas e grandiosas de Lisboa. Erguido sobre o vale de Alcântara, em respeitosos e elegantes arcos, é um dos bilhetes postais mais populares da cidade. Há anos na agenda, lá chegou o dia de o visitar. Maravilhoso time off!

Mandado construir no séc. XVIII, no reinado de D. João V, para responder à escassez de água potável, numa cidade a crescer a olhos vistos, resistiu intocável ao terramoto de 1755. Com origem na nascente das Águas Livres, em Belas (Sintra), tornou-se, durante décadas, no principal sistema de captação e distribuição de água à cidade. Tendo totalizado, após sucessivas obras de aumento, um total de 58 km de comprimento, funcionou de 1748 até 1967. Com um total de 127 arcos, apresenta o troço mais conhecido e mais visível em Alcântara. Foi até lá que fui!

São 941 metros de comprimento a unir a cidade a Monsanto. E foi exatamente assim que foi pensado o projeto. Para criar, também, uma estrutura que permitisse a passagem superior de peões. Portanto, foram incorporados duas passagens de cada um dos lados, divididas pela galeria que transporta a água. Uma ideia incrível, que entre várias e diferentes vantagens ao longo dos tempos, hoje representa um dos mais longos e magníficos miradouros da cidade. Corri-o de um lado ao outro, virada para a cidade, e depois, em sentido contrário, virada para o Tejo, para a ponte 25 de abril. Obras magníficas, que não se perderam no tempo …

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