Visitar Águeda foi também conhecer o seu lado mais típico, mais rural, e portanto, lá fui eu até Lourizela. A aldeia, a povoação, a localidade onde atualmente, à semana, vivem 7 pessoas. Localizada, e quase perdida, nas fraldas das serras do concelho, integra a freguesia de Préstimo e Macieira de Alcôba. Está viva, e bonita. Fui ver!

Resistiu aos novos tempos, e ”trabalhou” (trabalharam!) para não ficar esquecida. Hoje, é motivo de visita para muitos turistas e curiosos da natureza, mas é também um destino escolhido para férias, para fins-de-semana, para escapes. As habitações tem sido recuperadas e arranjadas por diferentes pessoas. Algumas delas com origens na terra, outras sem qualquer ligação.

Esteve ameaçada pelo despovoamento, pela mobilidade para a urbe e para junto das grandes indústrias. Mas em meados dos anos 90, três locais uniram-se e tomaram a iniciativa de recuperar a capela. Valentes! A partir daí começaram lentamente a fazer o mesmo à aldeia. Criaram uma associação, a anatual (associação de naturais e amigos de Lourizela), e foram dinamizando actividades e ações que permitiram rejuvenescer a povoação e trazer gente para visitar, e investir. Tanto que hoje, no aglomerado de casas de xisto, nas ruas estreitas e sem saída, onde mal cabe um automóvel concentra-se uma significativa oferta de alojamento local. Andei por lá. Aliás, foi no passeio a pé, que me cruzei com um dos amigos de Lourizela e um dos fundadores da associação, e foi ele, que me partilhou grande parte da história da aldeia. Foi também ele que me recomendou voltar.

”Há muito mais para ver e conhecer. Há um bonito e rico trilho para fazer, há muita história para contar …”

 

 

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