Visitar o complexo sistema de captação e transporte de água de Lisboa, deve também envolver conhecer uma das suas estruturas mais importantes, e imponentes. O Reservatório da Mãe d’Água das Amoreiras. Fui até lá! São cerca de 1500 metros entre ambas. Construídos grande parte do tempo em conjunto, nos anos 70 e 80 do séc. XVIII, trata-se de uma obra monumental. Pensado ao detalhe, foi concebido para celebrar a entrada de água na cidade. Na capital! Implantado no centro da cidade, Praça das Amoreiras, foi, e é, – arcos e edifício -, um conjunto arquitetónico singular. Grandioso.

O interior, marcado por alguma sacralidade, está ajustado com o estilo exterior. Espetacular. Gigante. Uma cisterna de água, quadrada, com profundidade de 7,5 metros, e uma respeitosa, e bonita, cascata ao fundo, ao centro. Construída com pedra transportada das nascentes, jorra água, de forma elegante e fresca, para o tanque. Quatro robustas e vistosas colunas emergem do tanque e suportam um teto de abóboras, sobre o qual se apresenta um terraço panorâmico sobre a cidade. Lindo. Maravilhoso e acolhedor miradouro. Visitei-o.

O Reservatório da Mãe d’Água é um espaço que procura não só partilhar parte do passado de toda uma estrutura vital para a cidade, como também apela e sensibiliza para o tema, – água -. São promovidas e dinamizadas visitas livres e guiadas, bem como exposições. Atualmente, com a Rethink, de Xico Gaivota. Artista português que ”alerta e sensibiliza” para as praias cheias de lixo. E em particular para o plástico. Muitas vezes, plástico resultante de atividades humanas. Transformou muito desse “lixo” em arte, preenchendo de cor e significado todo o edifício. Vamos gerir a escassez e qualidade da água? Sim. É uma responsabilidade de TODOS. Pensemos mais, muito mais, nisso!

 

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