1. Lamas de Olo, Vila Real

Andei pelas ruas e cruzei-me com um número significativo de canastros, muitos, de diversas formas, que adicionam ainda mais ruralidade à aldeia. A calceta, tipicamente portuguesa, estava suja pelo gado que ainda circula pelas ruas, e que pastava serenamente junto à estrada. Os pastos verdes cheiravam a fresco, a ar puro.

A aldeia concentra as caixas de correio em pontos específicos, paragens de autocarro. E aqui o tempo talvez tenha avançado um pouco mais. Também existia água, várias nascentes no interior da povoação e uma ribeira à entrada da aldeia que ‘hoje’ se faz acompanhar por um painel informativo interessante, e importante. Para mim, e ‘turistas’ como eu. Biodiversidade!

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2. Provesende, Sabrosa

Parei na fonte velha, descansei e fotografei, é uma fonte barroca diferente, apresenta duas bicas em forma de carrancas, mas carrancas bonitas (risos). No centro da aldeia, ergue-se um pelourinho com cinco degraus octogonais quase perfeitos, e de lá vê-se em frente a Igreja matriz, um monumento imponente por fora e por dentro.

A aldeia estava calma e silenciosa, não vi, não me cruzei com mais de seis carros, mas na praça central um grupo de homens já ‘entrados na idade’ aconchegava-se ao sol e discutia em tom baixo e sereno os temas do dia, os temas ‘deles’. E foi mais uma visita feliz a um cantinho especial do nosso país!

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3. Travassos, Mondim de Basto

A aldeia é efetivamente um cantinho do ‘nosso Portugal’ mais puro. Senti-o! É um aglomerado de várias habitações distribuídas por uma espécie de ‘circunferência’ que circunda a aldeia. Granito no pavimento, granito nas habitações. Ali a pedra é rei. Ainda. Vi também vários tanques, eiras, e espigueiros. Parte deles ‘ativos’, corria água, havia espigas e havia também sinais de vida. Locais a trabalhar nas suas lides. Também parei na igreja da aldeia, procurei pela chave para a visitar, e encontrei. Ali há gente com tempo e pronta a colaborar, a partilhar. Há também marcas de uma tradição religiosa, a via sacra, que está distribuída no percurso mais alto da aldeia através de várias cruzes.

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4. Agunchos, Ribeira de Pena

Chego e não percebo bem onde é o centro da aldeia. Vejo todo um aglomerado de casas graníticas distribuído por ruas e ruelas também elas em granito. Circulo a pé a reparar nos detalhes. Uma arquitetura ancestral. Arcos, pilares e pátios exteriores. Espigueiros, eiras, e o silêncio a acompanhar. No entanto, também há uma povoação mesmo que pequena, ativa. Várias alfaias e outros equipamentos agrícolas com sinais de uso. Marcas frescas de gado a passar nas ruas. Algumas habitações arranjadas e transformadas para bem receber – turismo rural -. Aqueles candeeiros de rua! Lindos. Imaginá-los acesos, (luz amarela) numa noite escura de inverno …

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5. Pitões das Júnias, Montalegre

A aldeia está isolada, é uma aldeia remota, rodeada por lameiros e por uma paisagem ‘agreste’. Um agreste positivo (risos). Sim, quando me distanciei um pouco e tentei ver a aldeia como um todo e noutra perspetiva, vi as poderosas e gigantes escarpas e morros graníticos do Gerês ao fundo. Como que protegendo e aconchegando. Tive que fotografar!

Depois, depois fui até à aldeia. Circulei nas várias ruas em calceta tipicamente transmontana. Passei na igreja matriz, vi várias casas muito próximas umas das outras que se ‘escurecem’ entre si. E escurecem ruelas ou quelhas muito estreitas, algumas sem saída. Mas eu encontrei a saída (risos), encontrei luz. Encontrei Vida, e encontrei uma aldeia limpa, arranjada, pronta a receber para quem a quiser visitar.

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6. Vila da Ponte, Montalegre

O granito é rei! E os canastros, muitos ainda em uso, fazem parte da aldeia e da sua identidade. Muitos, e talvez o maior do concelho esteja mesmo ali. Metros e metros de canastro. Também é ali que se concentra o maior número de moinhos numa aldeia, 26. Despedi-me a partir da ponte que dá nome à terra, uma ponte romana que terá sido uma importante Via há séculos e séculos atrás. Hoje é um importante ponto de atracão turística para quem procura a combinação de dois mundos, o rural e natural!

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