É no subsolo do mítico jardim do Príncipe Real, exatamente sob o lago central, e em pleno coração de Lisboa, que se ‘esconde’ o Reservatório da Patriarcal. Um dos monumentos-edifícios que integra a rota do Museu da Água. A sua forma, octogonal, coincide com a do polígono representado pelo gradeamento de ferro em volta do lago. Mas a relação não é só na forma. ‘Trabalharam’ em conjunto! No passado, o lago e repuxo, estariam destinados a arejar as águas antes de entrarem no depósito. Fui até lá, num time off  destinado a saber mais sobre o que foi o abastecimento de água à capital.

Projetado em 1856, concluído em 1864, foi desativado no final da década de 40, séc. XX. Com uma capacidade de aproximadamente 800 m3, foi inicialmente abastecido pelo Aqueduto das Águas Livres (a visita, está no blog, no arquivo!). Edificado em pedra, conta com 31 pilares onde assentam os arcos que suportam as abóbadas. E visitar o espaço, é descer a uma profundidade de alguns metros, e depararmos-nos com esse conjunto de pilares de diferentes larguras e altura superior a 9 metros. O reservatório, fresco e escuro, está vazio, já não há água. Mas há a possibilidade de o circular e conhecer numa visita guiada, que pode, e deve, ser complementada com a ida até ao aqueduto subterrâneo. A Galeria do Loreto! Uma boa ‘desculpa’ para voltar.

Já agora, e a título de curiosidade: i) o seu nome – Patriarcal – deriva do facto de ter existido no local uma grande Igreja Patriarcal; e ii) o espaço é também usado para várias iniciativas culturais.

Deixe um comentário