Quase, quase inverno. Quase, quase, a iniciar-se uma das épocas mais festivas do ano em Bragança e em algumas das suas aldeias. Época de chocalhar, que se estende até ao Carnaval. Portanto, altura de registar na agenda algumas datas. Visite, a Norte, as coloridas e alegres tradições de inverno. Tradições seculares! Vamos?
A introdução ao tema – festas de inverno – começa com a Mascararte, a Bienal da Máscara. Um projeto relativamente recente, criado com o objetivo de divulgar (de dois em dois anos) as festas de inverno de Trás-os-Montes e da província de Zamora. São diversos espectáculos, exposições, concursos de pintura, escultura, fotografia, arte infantil e juvenil, feiras de artesanato, conferências, desfiles de mascarados, e é o ponto alto do evento, a «Queima do Mascareto»!
Festa dos Rapazes, ou Festa de Santo Estêvão
As verdadeiras festas começam com a Festa dos Rapazes, ou também designada Festa de Santo Estêvão. Talvez a mais importante de todas. Vários rapazes solteiros desfilam pelas ruas, de cara tapada e vestidos com os típicos fatos coloridos. Provocam, chocalham e interagem, em grande folia, com quem se vão cruzando. É uma tradição com origem em antiquíssimos rituais de passagem da adolescência para a vida adulta. É celebrada com várias atividades, como desfiles de rua e almoços comunitários.
Festa dos Reis
A Festa dos Reis, apesar de associada ao nascimento de Jesus Cristo, continua, a ser festejada pelas aldeias com a presença dos jovens rapazes mascarados. Entre as várias ações, há: i) saídas à noite para atormentar os vizinhos; ii) peditórios (fumeiro) para se fazer o leilão; iii) crítica social, proclamada pelos caretos; e iv) baile e convívio para todos.
Carnaval dos Caretos
O Carnaval dos Caretos é um desfile pela cidade de cor, música e animação. São caretos e mascaretos a envolverem-se com as pessoas, e é a “Queima do Diabo”. O espetáculo final, e o término da festa, acompanhado por um peculiar espetáculo de fogo.
Festa da Morte, Diabo e Censura
A Festa da Morte, Diabo e Censura, celebrada na quarta feira de cinzas, procura evocar a necessidade de – penitência -. Compõe as três personagens – a Morte, o Diabo e a Censura -, e envolve o percurso das mesmas pelas ruas dos bairros mais antigos de Bragança para perseguir as moças, com o objetivo de as atormentar. Ritual, que, apesar de tudo, se torna num evento animado e agitado.
