O Geopark de Arouca, desde 2009, integra a Rede Europeia de Geoparques. Um conjunto de territórios classificados como património geológico da Humanidade pela UNESCO. Fui até lá, num time off surpreendente…

Visita

Todo o concelho de Arouca está classificado. Os 328 quilómetros quadrados que abrange. São 41 os sítios de interesse geológico. Os geossítios. Sítios considerados de particular importância pelo seu caráter científico, raridade, encanto estético ou valor educacional. Para os conhecer há uma rota claramente definida e sinalizada. É ir à descoberta! Aproveitei o contexto de natureza agreste, natural. Selvagem. A flor de urze a pintar o planalto da serra da Freita, cada gota de água transparente dos rápidos do rio Paiva, os pequenos núcleos rurais espalhados pela serra, e depois, o gado serrano a pastar livremente…

Uma das ocorrências geológicas apontadas pelos especialistas como únicas no mundo são as pedras parideiras. Talvez o geossítio mais emblemático do Arouca Geopark. Portanto, é sobre ele que vos vou falar. É lá, numa área de cerca de 1km2, e em plena serra, na localidade de Castanheira e a mais de 900m de altitude que se encontra a rocha. O granito nodular! De cor clara, apresenta um grão médio, com duas micas e uma invulgar quantidade de nódulos biotíticos (mineral de cor negra). Por ação da erosão, os nódulos libertam-se e acumulam-se no solo, deixando no granito uma cavidade. E foi por isso que os habitantes/ locais lhe chamaram – pedra parideira -, por ser «a pedra que pare pedra». Tudo aponta  aponta para idades entre os 320 e 310 milhões de anos. Portanto, um geossítio de características únicas no mundo.

Para compreender a origem e particularidades do geossítio, visitei a Casa das Pedras Parideiras. O Centro de Interpretação. Instalado no local, e sob gestão do Arouca Geopark contribui para a conservação, compreensão e valorização do património geológico, e apoia as visitas turísticas e educativas ao espaço. Recomendo!

 

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