Conhecer o ‘nosso Portugal’ é também viajar ao seu passado mais longínquo, à Pré-História! É importante compreender os comportamentos, os rituais, as crenças e os modos de vida, de quem ocupou e marcou o nosso território há milhares e milhares de anos atrás. No concelho de Vouzela, há vários factos e vestígios dessa ocupação, e há também uma rota específica que nos leva a percorrer alguns dos mais imponentes dólmens da Beira Alta. A – Rota do Megalitismo -! Fui até lá num time off  destinado aos gigantes de pedra.

A rota

A rota integra mamoas do Neolítico, mamoas da Idade do Bronze e um afloramento monumentalizado. São vários kms para percorrer, e são, pelo menos, 6 razões para parar. Os monumentos visitáveis: i) Dólmen da Lapa da Meruje – ícone do megalitismo beirão, descoberto por Amorim Girão em 1917; ii) Casa da Orca da Malhada do Cambarinho – dólmen de corredor, descoberto por Amorim Girão em 1921; iii) Mamoa 1 do Vale d’Anta – dólmen de câmara simples; iv) Bicão do Conqueiros – uma dimensão gigante de pedra, afloramento natural, considerado menir em 1921 por Amorim Girão; v) Mamoa 1 de Rebordinho – planta circular com 20,4m de diâmetro e 2m de altura. A visita permite também a observação da constituição do monumento; e vi) Afloramento Monumentalizado da Malhada do Cambarinho.

Percorrer a rota, leva o visitante aos monumentos, mas mais… São vistas deslumbrantes, são grandiosas paisagens, e são ambientes místicos encantadores. De cortar a respiração. Mais ainda num dia chuvoso e de nevoeiro. Grande parte dos monumentos estão implantados em belíssimos vales de montanha ou em planaltos impressionantes, e, ou, próximos de naturais linhas de água. Aos quais, atualmente, se juntam infra-estruturas (painéis informativos, parques de merendas, passadiços, …) que ‘facilitam’ e enriquecem a visita, e simultaneamente permitem que se desfrute da natureza. Natureza e património arqueológico, de mãos dadas.

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