1. Soajo

Chego a Soajo e começo a ver que se estende numa área significativa. Circulo pelas ruas arranjadas e maioritariamente preenchidas de pedra irregular. Ali, o granito é rei! E há ainda muita vida, locais na rua e casas habitadas. No centro um pelourinho único no seu género e um dos mais enigmáticos exemplares do seu tipo. Uma também notória e merecida homenagem ao cão sabujo. Popular e acarinhado pelas gentes locais foi doado a vários reis nos séculos da monarquia. Em troca Soajo beneficiou de importantes e notáveis privilégios.

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2. Urjal

Chego, estaciono, e percebo que o centro da aldeia, de Urjal, era ali. Num pequeno  núcleo de casas. Alguns espigueiros entre habitações rústicas e típicas do Minho, e outras renovadas e adaptadas para turismo rural. Gostam, e querem receber! Cruzo-me com um local, um dos poucos habitantes da localidade, onde hoje vivem 20 pessoas. Informou ele. Informou e partilhou: ” Visite os moinhos de água, beba água da fonte, é fresca é saudável, … temos percursos pedestres, e temos uma paz única.” Os olhos brilhavam-lhe a falar da aldeia. Acompanhou-me grande parte do passeio. É um contexto marcadamente rural. É a verdadeira aldeia serrana.

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3. Areja

A aldeia, a povoação apresenta-se sob a imagem de uma encosta que nasce junto ao rio Douro e depois vai subindo significativamente. As habitações vão pintando o monte à medida que o subimos até lá em cima. Subi-o e desci-o a pé. Falei com um morador. E percebi que noutros tempos aquele pequeno cais, teve muito movimento. Era usado para comércio e para o transporte de mercadores. Hoje, acostam embarcações de recreio, e uma ou outra de pesca. Estavam lá. Vi algumas. Há ainda marcas daquilo que foi (e é, mesmo em crescente queda) a vida de Areja. Atividades agrícolas e piscatórias.

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4. Vilarinho Seco

Cheguei, e percebi que ainda há muita Vida em Vilarinho Seco. Não é vida humana, vivem lá cerca de 60 pessoas, mas é a sua subsistência, a agricultura e a pastorícia que mostram bem que ali há gente. Gente de trabalho! Uma grande manada de vacas barrosãs a dar cor a caminhos e a ruas pitorescas. E eu a fotografar, sempre (risos). Pedra granítica a preencher a vista. E eu, no largo principal, sentada no tanque da aldeia, junto ao cruzeiro e à capela. A ver e a desfrutar de uma paragem no tempo.

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5. Chacim

O Real Filatório de Chacim, de 1788, foi um importante complexo industrial de transformação e manufatura de seda. Talvez o mais importante do país. Hoje, mesmo em ruínas, não esconde a dimensão e o impacto que terá tido naquelas terras e naquelas gentes até 1807. É património de Chacim e de Portugal. Tal como o é o pelourinho, localizado no centro da aldeia, este, classificado como Imóvel de Interesse Público, e a poucos metros da Igreja Paroquial. Foi de lá que me despedi, do centro de uma povoação que têm ainda muita história para contar…

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6. Amiais

Hoje, vivem em Amiais, 16 pessoas, e eu falei com 4. Locais que recebem bem, e acompanham quem chega. ”Menina, eu vou consigo. A capela fica numa zona mais afastada, perto dos soutos. A eira comunitária, fica no casario.” Primeiro fomos pelo aglomerado de casas e os sinuosos e curtos caminhos. Tudo juntinho, e a remeter para o mundo encantado. Materiais típicos da região, como o granito e a madeira, e sinais de futuro. As habitações estão a ser reconvertidas e arranjadas. A eira, bem intervencionada, é ainda usada para a desfolhada do milho. O espaço, preenchido por um conjunto de espigueiros, representou o centro de convívio social da aldeia, desde sempre ligada às atividades agrícolas.

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7. Pena

Lá, um enquadramento único. ‘Que lindo’, ‘Que aldeia de sonho’, ‘Gostava de viver aqui’, ‘Riquíssimo o nosso Portugal’, ‘Nunca vi nada assim’, ‘Que surpresa!’, ‘Ultrapassou todas as expectativas’ …. Valeu a pena a aventura? Se valeu! Xisto e ardósia preenchem o casario da aldeia. Cores frias, muito escuras, e pouca luz natural convidam à contemplação. Respeito! Uma pequena aldeia onde hoje vivem menos de 10 pessoas. Dito por um local, que vive para partilhar, com quem chega, muitos dos ofícios e da gastronomia local. Sim, estão preparados para receber, e querem os turistas por lá. Sobre a aldeia dominava a sombra.

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8. Algodres

Hoje é aldeia-freguesia, mas chegou a ser vila e sede de concelho até ao início do séc. XIX. Prova disso é o pelourinho no centro da povoação. Monumento de Interesse Público  terá sido construído após a concessão de foral, em 1514. Imponente, e mesmo ao lado, é também a Igreja da Misericórdia, um templo barroco do séc. XVIII construído com pedras provenientes das ruínas de um castelo ali erguido. Do castelo não encontrei qualquer vestígios, mas há uma rua a perpetuar a sua memória, a – Rua do Castelo -. Há capelas, há fontanários, há casas brasonadas e há muito passado em Algodres. Mas o presente também vê futuro ali. E bem!

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9. Candosa

Hoje, Candosa é uma aldeia freguesia pertencente ao município de Tábua. Mantém ainda muito daquilo que foi o seu passado. Concentra em si monumentos e detalhes de um meio rural que permanece vivo e feliz pelas suas origens e tradições. E foi por isso que fui até lá. Estaciono o carro, e uma homenagem simples e bonita aos oleiros. Uma estátua, um oleiro, a dar as boas-vindas a quem chega. Durante décadas, homens e mulheres, famílias inteiras dedicaram-se à olaria, nas suas diversas funções. A arte foi-se, mas a sua ‘força’ não. Foi a principal subsistência das suas gentes.

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