Continuamos por Freixo de Espada à Cinta, e pela rota dos miradouros. É impossível passar indiferente ao esplendor da natureza em que está integrado todo este território. São as escarpas, os vales profundos e encaixados, são as cores da flora e os sons da fauna que lhes dão vida que nos agarram a este intocável pedaço do Douro Internacional. Assim, fomos até ao Carrascalinho e à Cruzinha, dois miradouros, duas paragens e um time off maravilhoso.

Carrascalinho

O miradouro de Carrascalinho pertence à freguesia de Fornos e localiza-se a cerca de 22 km da vila. É fácil chegar lá e vale cada km e minuto percorrido. No entanto, o último 1,5 km é em terra batida. Portanto, se não tem um veículo todo o terreno, aconselho a que faça o percurso a pé. Vai valer a pena! É espetacularmente bonito. Ali é possivelmente a zona onde o Douro Internacional mais se estreita. Uma natureza extremamente escarpada leva-nos numa visão carregada de respeito e emoção. É um miradouro quase secreto e camuflado na flora que o rodeia, mas é também um ponto privilegiado e estratégico para a observação de fauna, em particular aves, várias espécies de águias…

Cruzinha

Ir até ao miradouro da Cruzinha, em Lagoaça, é fazer uma viagem de cerca de 21 km desde Freixo de Espada à Cinta, passando pelo coração da simpática e típica aldeia. É fácil perceber quando chegamos. Uma cruz, a cruzinha, espera-nos numa espécie de largo onde termina a estrada, o asfalto. É também lá que há o único fontanário de todos os miradouros existentes, mas mais, há um singelo e discreto parque de merendas que convida a um piquenique no melhor da natureza. Encostado à vizinha de Aldeadavilla (província de Salamanca), espreita para o rio Douro, lá em baixo, calmo, distante, frio, e em forma de gancho. Com tempo, e espírito, podemos seguir viagem a pé, ou num todo terreno pela pequena estrada até ao cais de Lagoaça. É seguir. É ir!

 

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