É bom viajar, é bom passear, é saudável sair de casa, é importante mudar de ares. Para mim é! Mas não o é a qualquer custo, em qualquer condição. Passear com frio não é bom, não é agradável, não me faz bem. Mas continuo a insistir em fazê-lo (risos)! Sim, principalmente em período natalício em que a tentação para ir até uma cidade europeia é (ainda) maior. Não é para as compras (nem pode ser, risos), mas é para sentir o ambiente mágico do Natal, que preenche ruas, avenidas e praças com as luzes e cores mais bonitas do mundo. Razões suficientes para esquecer o frio. ‘Com tanto para ver, nem me vou lembrar do frio’, ‘Vou estar tão distraída, que nem me vou aperceber’, ‘Bons agasalhos e fica resolvido’, …
E foi assim que me ‘lancei’ num time off em Berlim, nuns dias frios de Dezembro. Queria conhecer a cidade, queria passar nos principais pontos turísticos, queria um motivo para sair (risos)! As expectativas não eram as mais elevadas, não tinha o plano mais detalhado do mundo e sabia que iria estar frio, muito frio. No entanto, quis ir e fui! Fui até ao belo e monumental Portão de Brandeburgo, ao parlamento alemão – Reichtag -, ao Memorial do Holocausto, à super e grande praça Alexanderplatz, … e a todos aqueles pontos que qualquer turista não falha, nem quer falhar. E sempre na companhia de um frio polar que me fazia parar quando queria andar.
Houve momentos em que senti um frio diferente, um muro de friooooooo que também era quente (Paz, Liberdade). São os vários fragmentos espalhados e partes demolidas de um todo, – Muro de Berlim -, que marcam e aquecem a cidade. Nestes momentos fui eu que quis parar …
