Na cidade de Guimarães parei e visitei o – Paço dos Duques de Bragança -, uma majestosa casa senhorial com alguns séculos de história mandada construir pelo 1.º duque de Bragança, D. Afonso. Conta a história, e eu acredito, terá sido mandada construir como ‘refúgio’ amoroso. O rei queria uma residência luxuosa para ele e a sua amante. E que residência discreta (risos) mandou ele construir. Atualmente aberto ao público, e ao serviço do estado, o palácio serve de residência oficial ao Presidente da República nas suas deslocações ao norte do país e é também palco de muitos eventos com honras de estado. Não, não fui convidada para nenhum desses eventos, ainda (risos). Fui lá como turista, como curiosa, numa linda manhã de primavera.

A visita

Chego e encontro um palácio com características de casa fortificada num enquadramento a verde quase florescente. Era um piso relvado enorme. Inúmeras chaminés cilíndricas, uma arquitectura e uma entrada senhorial únicas. E dizem, trata-se também de um exemplar único na Península Ibérica. Lá dentro, um espaço museu dividido em vários compartimentos onde foi fácil circular. Eram as principias divisões do palácio.

Gostei da tapeçaria alusiva aos descobrimentos, o mobiliário português do período pós-descobertas, uma grande coleção de porcelanas da Companhia das Índias, e ainda as faianças portuguesas, tudo distribuído por diversas salas com um pé-direito altíssimo, umas paredes em pedra maciça frias e escuras delicadamente iluminadas pelos grandiosos candeeiros acesos significativamente descaídos e pela luz natural que rompia pelas janelas aos ‘quadradinhos’.

Também gostei de visitar a capela consagrada, e gostei muito, mesmo muito da sala de banquetes. Lá, e uma vez mais homenageia-se a proeza marítima dos nossos navegadores, o seu teto em madeira escura maciça reproduz na perfeição o casco virado de uma caravela. Fiquei mais tempo nesta sala! É que ‘virei a caravela’ e ‘naveguei’ (risos), naveguei num daqueles banquetes reais que se terão feito por ali. Depois, acordei, voltei ao mundo real e finalizei a visita pelos claustros. Uma forma feliz de me despedir de mais um Monumento Nacional do ‘nosso Portugal’.

 

 

 

 

 

 

 

 

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