E admitir que as línguas não são a minha ‘praia’? Sempre o admiti! De facto nunca o foram. Nem vão ser com toda a certeza. Também não podemos ser bons em tudo (risos). Aprendi o francês no liceu, passei ‘ao de leve’ pelo Inglês. Mas mesmo em níveis diferentes, nunca dominei nenhuma das línguas. Aliás, longe disso. Também nem sei bem o que é isso do dominar, do safar-me, do desenrascar-me, do ‘dou uns toques’ (risos), … Sim, é que pode ser desde o manter uma longa conversa até o saber quatro ou cinco palavras.
Desde cedo percebi que tinha errado no campo das línguas. Deveria ter passado ao de leve no Francês e aprender o Inglês. A língua mundial, universal! Nunca ambicionei ser fluente em 5 ou 7 línguas. Mas 2 não era, não é pedir muito. Talvez, e nos dias de hoje seja mesmo o mínimo. Então, e passados muitos anos lá voltei eu a investir no Inglês. ‘É necessário, é importante, é fundamental!’, ‘Sem o Inglês não se vai a lado nenhum’, ‘Tens que ter o básico, caso contrário não te safas’, ‘Hoje já toda a gente fala o Inglês’,…
Aprender
Investi tempo e dinheiro. Andei em escolas, andei em institutos, optei por períodos mais curtos, períodos mais longos. Fiz cursos intensivos, fiz cursos anuais. E tanto andei que lá cheguei ao nível do – EU SEI – (achava que sabia). No entanto, estava consciente que precisava de uns ‘ajustes’. Melhorar a pronuncia, enriquecer o vocabulário. Nada que assustasse, afinal a nova vida iria começar por Londres. E uma das razões era mesmo essa, ficar fluente no Inglês.
Chego a Londres, e no meio de mil desafios, o primeiro e o maior de todos foi mesmo a língua. O Inglês. Perceber e viver no terreno o ‘drama’, muitas vezes transformado em humor, que é não perceber, e não ser percebido. Ali, é mesmo razão para dizer não sei se dá para rir, ou para chorar. Sim, eu achava que sabia, que já dominava, mas enganei-me. E bem! Foi preciso o seu tempo. Vários meses! Talvez tenha deixado Londres com o nível que achava que tinha quando cheguei. Portanto, estará na altura de voltar para os ajustes, as afinações, (risos) …
