Os vales do Sousa, do Douro e do Tâmega, integram um conjunto vasto de património arquitetónico de origem românica – mosteiros, conventos, igrejas, pontes e castelos -. A Rota do Românico!

Monumentos que guardam lendas e histórias de um passado longínquo, mas que resistem para partilhar e manter viva muita da força e do poder que tiveram, sobretudo, as ordens religiosas no Norte de Portugal. Em time off já os conheci quase todos. São 58! Deixo-vos aqui uma síntese – 9 Monumentos, de 9 municípios -, é todo um território para explorar.

1. PONTE DO FUNDO DA RUA

Chego, e percebo pelo brasão na antiga Casa da Câmera que, em tempos idos, ali, houve poder. Foi sede de concelho. A escola primária (atualmente fechada) também era ali. O centro da aldeia, do lugar, é uma rua. A rua que nos leva até ao rio Ovelha, à sua magnífica travessia, e uma das suas principais atrações, a Ponte Românica de Fundo de Rua! Monumento que integra a Rota do Românico. Fui até lá.

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2. MOSTEIRO DE SANTO ANDRÉ DE ACENDE

Cheguei e senti-me a senhora de Baião (risos). Enquadramento natural. Vinhedos. Encostas simples. Vários edifícios para ver, para explorar. Comecei por ir até aos Celeiros e a Adega, agora transformados no Centro Interpretativo da Vinha e do Vinho. Edifícios recuperados que partilham aquilo que fez, e faz, parte da história agrícola do mosteiro. Fui até lá. Também um dos ícones do conjunto é a capela octogonal localizada no centro do complexo. Não a visitei (estava fechada), mas fotografei-a. É de facto singular.

mais em: Mosteiro de Ancede – como uma senhora por terras de Baião

3. CASTELO DE ARNÓIA

E lá fui eu até ao Castelo de Arnoia. Localizado no concelho de Celorico de Basto e na freguesia com o mesmo nome, dista da vila cerca de 12 km, e está classificado como Monumento Nacional. É ainda o único castelo a integrar a lista dos 58 Monumentos da Rota do Românico, uma rota que permite viajar pela História do Norte de Portugal através de património arquitetónico de origem românica.

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4. MOSTEIRO DE SANTA MARIA DE POMBEIRO

Exemplar de arquitetura religiosa românica, hoje, é constituído pela igreja (Igreja Matriz), pela fachada do claustro e pela estrutura principal da parte residencial. O claustro reduzido à fachada, com a extinção das ordens religiosas, não deixa de ser um espaço singular. Único. Fotografei-o em várias perspectivas, a ele, e à fonte (uma réplica da original), ao meio. A igreja, enorme, obrigou a várias paragens. Destaque para a dimensão da capela-mor, para as cores, e para o retábulo em talha dourada. Incrível!

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5. MOSTEIRO DE SANTA MARIA DE VILA BOA DO BISPO

Fundado em 990, está desde a sua origem ligado aos Gascos de Ribadouro, família nobre de grande influência na época. Vindo, anos mais tarde, a associar-se aos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. Estrategicamente posicionado, foi dos mais ricos e poderosos mosteiros da região. Foi construído em território acidentado, produtivo, e pouco frequentado por viajantes. Queriam estar isolados. No entanto, ‘abriam portas’ e prestavam auxílio aos peregrinos que caminhavam rumo a Santiago.

mais em: MOSTEIRO DE SANTA MARIA DE VILA BOA DO BISPO – ROTA DO ROMÂNICO!

6. MOSTEIRO DE SÃO PEDRO DE FERREIRA

Classificado como Monumento Nacional, é um caso único no românico português. Apresenta, a preceder o portal principal, um muro ‘cerca’ daquilo que terá sido uma anteigreja com função funerária. Fui lá ver! Chego e percebo que todo o enquadramento onde se instalou o mosteiro foi estrategicamente pensado. Uma posição e localização feliz e privilegiada. Da estrutura que o torna único, a anteigreja, conservam-se as muralhas de altura significativa, e depois todo o espaço a céu aberto.

mais em: MOSTEIRO DE SÃO PEDRO DE FERREIRA – MONUMENTO NACIONAL!

7. MOSTEIRO DE SÃO PEDRO DE CÊTE

Não se sabe ao certo a sua fundação, são já vários séculos. Mas há registos que a sua origem terá passado por uma ermida, ou uma basílica dedicada a São Pedro. Tendo, depois, mais tarde, evoluído para um mosteiro, e sido ocupado por monges beneditinos. Atravessou várias épocas, e várias reformas e transformações. Fui ver! Chego, e percebo que o românico e gótico se misturam na construção, e na perfeição. Uma torre sineira significativa!

mais em: MOSTEIRO DE SÃO PEDRO DE CETE – O MONUMENTO!

8. MOSTEIRO DO SALVADOR DE PAÇO DE SOUSA

De origem Beneditina, esteve na origem deste mosteiro a fundação de uma comunidade monástica no séc. X. Muitos, e muitos anos passaram, séculos! Hoje, o Mosteiro do Salvador do Paço de Sousa, com arquitectura românico (e gótica), integra a Igreja e o claustro. Comecei por visitar a igreja. Entrei num espaço gigante, amplo (ainda em trabalhos). Caminhei até ao retábulo principal, ao fundo. Fotografei aquele que será um dos motivos de maior atração, o – túmulo de Egas Moniz -. Uma magnífica peça em altos relevos.

mais em: MOSTEIRO DE PAÇO DE SOUSA – MANTER VIVO O PASSADO!

9. MOSTEIRO DE SANTA MARIA DE CÁRQUERE

Entrei pela porta lateral, bem próximo da fresta da capela funerária, que mesmo sendo um ‘tema fúnebre’, não morreu (risos)! É ainda um conjunto de arte trabalhada que venceu o tempo, os anosssss. Uma fresta clara, com significado. A igreja é a única construção do mosteiro que ainda permanece viva e em atividade. Lá dentro, vi vários estilos arquitectónicos juntos, e algumas obras de restauro mais recentes. Um espaço arranjado, amplo e colorido. Florido. Vários arranjos nos altares. Saí e contornei o mosteiro, o monumento.

mais em: MOSTEIRO DE CÁRQUERE – SAÍDA PELA PORTA GRANDE

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