No distrito de Viseu fui até à cidade de Santa Comba Dão. Um time off a percorrer alguns dos seus pontos turísticos. E foi precisamente num deles – a Casa dos Arcos, uma construção solarenga do séc. XVII -, localizada no principal largo cidade, que o roteiro começou. É lá que funciona o Posto de Turismo do município, e portanto o melhor ponto de partida para iniciar o dia. No mesmo largo, num espaço ajardinado, uma bonita e clara homenagem aos Combatentes da Guerra do Ultramar. Justa. Não estivesse a ‘protegê-la’, atrás, o edifício do Palácio da Justiça.

Andei poucos metros, e visitei a Igreja Matriz. Monumento de arquitetura barroca, destaca-se pelas duas torres sineiras. No muro de suporte, um bonito painel de azulejos  relativos à casa onde nasceu António de Oliveira Salazar. Identidade e marca da cidade. Mais alguns metros, e desço em direção ao miradouro do Outeirinho. Sim, desço! Lá, uma vista panorâmica sobre o Rio Dão, ao fundo, e as freguesias do Vimieiro e de Óvoa. A natureza, encantadora.

Regresso ao centro para caminhar na zona típica, os Aldrógãos. Onde passa a Ribeira das Hortas e onde está montado um passadiço ‘mágico’. Há bancos de madeira, há uma ponte, há canteiros, há antigos lavadouros, há patos na água, há um antigo moinho, e há todo um enquadramento saudável e bonito que nos leva em direção ao centro histórico, ao coração da cidade. O Bairro Alto! Um concentrado de habitações expostas numa encosta acentuada e distribuídas numa encruzilhada de ruas e ruelas. Muitas delas, quelhas, atravessadas por vários lanços de escadas. Num mix de casas simples e casas senhoriais. A autenticidade e a vida da cidade moram sobretudo ali.

A visita terminou onde iniciou, no Posto de Turismo. De referir que o espaço acolhe uma incrível exposição medalhística e de escultura de um autodidata Santacombalense, David Oliveira, ”a arte não é vida se a vida não for uma obra de arte”.

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