É a cerca de 15km da cidade da Régua que podemos encontrar Covelinhas. A pacata e encantadora aldeia do Douro. Que time off! Obrigada aldeias do Norte de Portugal.

A melhor forma de nos deslocarmos até lá é de comboio. Através da histórica e maravilhosa linha do Douro. É a melhor e também a mais bonita opção para chegar. Foram 10 minutos de uma intocável viagem, que ganhou mais força após a barragem de Bagaúste. Quando, Rio acima, o espelho de água proporcionado pela represa começa a ganhar maiores proporções. E é precisamente em Covelinhas que esse espelho atinge o seu máximo. Vê-se claramente da janela do comboio, e vê-se cá de fora, já na estação, onde saí! O rio, um leito infinito, calmo e silencioso a dividir dois concelhos, e duas povoações. Armamar e Régua, Folgosa e Covelinhas, respetivamente.

Começo a caminhar lentamente em direção à à povoação, distanciada 600 metros da estação. A paisagem, um misto de vinhas velhas, em socalcos, com vinhas novas, em patamares, e também vinhas ao alto. O Douro! E depois, imaginar aquele espelho imenso de água, intocável, que foi noutros tempos um corredor de águas agitadas e perigosas onde passavam os famosos barcos rabelos. Enquanto imaginava, chegava … Marcada por uma natureza intensa em vinhas e laranjais, carateriza-a também a disposição em declive acentuado. Caminhei por lá. Subi cada rua, cada quelha, e vi em cada esquina verdadeiros miradouros para o rio e maciços montanhosos. O centro da aldeia é naquele casario. Onde, outrora, a escola estava cheia de crianças e a Igreja Matriz enchia a cada domingo…

É um bonito postal a cada canto. E que muito se deve ao pequeno ‘leito’ de rio que ligado ao Douro, ao rio, entrou (e ficou!) margem a dentro, em direção a Covelinhas!

 

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